As quatro dimensões da vida – qual é a sua dominante?

Todos nós possuímos quatro dimensões intrínsecas e interligadas, que funcionam de forma semelhante a uma engrenagem: se uma apresentar problemas, em maior ou em menor intensidade, as outras três inevitavelmente serão prejudicadas.

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Não somos perfeitos, por isso, em cada um de nós, uma ou duas dimensões acabarão predominando.

Nunca conheci ninguém que conseguiu manter o equilíbrio ideal entre as quatro áreas – exceto Jesus Cristo, mas Ele era perfeito, humano e divino ao mesmo tempo.

As 4 dimensões

Primeira dimensão

A primeira dimensão em que geralmente pensamos é a material, o nosso próprio corpo.

Precisamos cuidar dele por dentro e por fora, com zelo, mas sem exageros.

Precisamos de uma alimentação saudável, praticar uma atividade física, ter hobbies saudáveis, enfim, fazermos o possível para a manutenção da boa saúde pelo máximo de tempo possível.

Cuidar da aparência física é importante, mas é perigoso quando toma proporções maiores ou até obsessivas, como músculos e cirurgias plásticas em excesso ou preocupação exagerada com germes, bactérias e vírus.

Segunda dimensão

A segunda dimensão da vida é a emocional.

Joe Weider, especialista no estudo da mente, disse que somos seres emocionais que raciocinam.

Eu acredito que ele tenha razão.

Você já reparou que muitas de suas atitudes e decisões possuem um grande conteúdo emocional envolvido?

Seja para boas ou más ações, planejadas ou impulsivas, acertadas ou desastrosas, há sempre um componente emocional relevante por trás de nossas decisões, embora muitas vezes acreditamos estar utilizando o lado racional em sua totalidade – ou quase isso.


Eu vejo o lado emocional – em conjunto com o lado espiritual – como os mais importantes para sabermos quem realmente somos, quais são nossos gostos, afinidades, propósitos, valores e virtudes.


“Gosto” e “não gosto” são palavras tão simples e até rudimentares se pensarmos na riqueza do idioma, mas que poderiam ser mais utilizadas em nosso monólogo interior diário com o objetivo de identificarmos o que realmente queremos que esteja presente em nossa vida (desde que sejam coisas boas e controláveis por nós) e o que queremos que esteja bem longe de nós.


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Terceira dimensão

A terceira dimensão da vida é a racional.

Os grandes avanços em todas as áreas do conhecimento possuem um forte componente racional, mas mesmo aqui, se não fosse a dimensão emocional, as ideias não sairiam do papel por falta de interesse ou motivação.


Criar algo do nada, propor soluções, continuar projetos que já estão em andamento, tomar decisões acertadas que necessitam de rapidez, lidar com tabelas, cálculos, números, fórmulas, avaliações periódicas de formação acadêmica….

As possibilidades são infinitas!

Você já reparou que quando precisa encontrar uma solução ou ideia, sua mente volta-se à questão na tentativa de encontrar a melhor resposta possível de acordo com os dados que possui internamente?


Não é sem razão a perplexidade contínua dos cientistas a cada nova descoberta sobre o surpreendente e incrível funcionamento do cérebro.

Quarta dimensão

A quarta dimensão da vida é a espiritual.

Independentemente de sua religião ou da descrença em um Deus criador, a maioria de nós acredita que não nasceu por acaso, mas com um propósito, com uma missão.

Momentos diários dedicados à oração, a comunhão, a meditação, enfim, dedicados a práticas espirituais são muito importantes para encontrarmos o nosso caminho.

Sempre com equilíbrio, assim como nas três outras áreas.

Não é por acaso que cada um de nós possui um conjunto de habilidades e afinidades “personalizado” e que ninguém é igual a outra pessoa.


O maior perigo que vejo nessa área da vida são os extremismos religiosos que existem desde sempre.

Por mais paradoxal que possa parecer, a maioria das guerras que existiram até hoje ocorreram em nome da religião, pois cada um compreendia a sua verdade como absoluta e inquestionável – o que ocorre até hoje, com maior ou menor intensidade ao redor do mundo.

Por isso, é muito importante percebermos até que ponto estamos expondo nossa crença e quando ultrapassamos o limiar adentrando no terreno da imposição e/ou da hipocrisia.

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Conclusão

Para uma vida agradável e com sentido é fundamental o máximo de equilíbrio possível entre as quatro dimensões.

A tarefa não é fácil, muito pelo contrário, pois somos imperfeitos.

Mesmo assim, precisamos melhorar o que for possível nas quatro áreas e minimizar os aspectos negativos que possuímos – para o nosso próprio bem e para o bem dos que conosco convivem.

Nossa vida é feita de escolhas, por isso hoje eu convido você a refletir sobre o assunto, a pensar sobre qual dimensão é predominante em sua vida.

Se há alguma área talvez um pouco negligenciada, quais hábitos positivos você precisa melhorar e quais negativos precisa abandonar.

 

Créditos das imagens: Pixabay e Free Digital Photos

 

 

15 thoughts on “As quatro dimensões da vida – qual é a sua dominante?”

  1. Creio que se deverá investir mais na parte emocional… pois em parte estará de alguma forma também relacionada com o nosso lado racional e espiritual… e certamente também influenciará a nossa saúde, se se pensar bem… para o melhor e para o pior…
    São sempre as emoções que nos guiam e nos definem, no limite…
    Um texto super interessante, que adorei ler!
    Beijinho! Feliz semana!
    Ana

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  2. Que texto bacana. Realmente é importante nos desenvolvermos nas 4 dimensões. Buscando sempre o equilibrio entre elas.

    Muitos criticam a materia, principalmente aqueles que se dizem mais espiritualizados. mas a matéria não faz mal, a nossa consciência/comportamento junto a matéria que faz mal.

    Abs e ótima semana

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  3. Ana,

    Interessante o seu comentário, enriqueceu bastante o tema.
    Somos basicamente guiados por nossas emoções, por isso, é muito adequado prestarmos mais atenção nessa área de nossa vida, que acabarão sem dúvida afetando todas as outras.
    Bom saber que gostou do post. 🙂

    Boa semana!

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  4. Interessante seu texto, as vezes me pego pensando em coisas do tipo: o que quero na vida, qual é o objetivo, como ser melhor comigo e com as pessoas ao redor. Ainda não tenho as repostas mas as Reflexões continuam, ainda mais agora com a perda do nosso companheiro de finanças o VDC.

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  5. Muito bom, Rosana!

    Gostei muito da frase abaixo, que mostra o quanto de protagonismo é importante para inclusive, fazer as escolhas que você citou na conclusão:

    "o que realmente queremos que esteja presente em nossa vida (desde que sejam coisas boas e controláveis por nós) e o que queremos que esteja bem longe de nós."

    Ou seja, precisamos definir nossos desejos e agir para que haja a mudança que desejamos.

    Em algum outro lugar, eu li sobre essas dimensões da vida, e lembrei-me da dimensão social. Será que ela estaria de certa forma incluída na emocional, como um "suporte"?

    Abraços!

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  6. Anônimo,

    A perda do VDC pegou toda a blogosfera de surpresa.
    Uma fatalidade que, sem dúvida, proporciona muitas reflexões sobre nossa própria vida, objetivos e sentido disso tudo.
    Por isso, acredito que precisamos prestar muita atenção no que realmente vale a pena para nós, de acordo com nossos valores e personalidade. Precisamos buscar sermos pessoas melhores. Sempre.

    Abraços,

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  7. André,

    " precisamos definir nossos desejos e agir para que haja a mudança que desejamos."
    Exatamente. Por isso o autoconhecimento é fundamental para não sermos de certa forma ludibriados pelos objetivos dos outros, da sociedade em geral, da indústria e do marketing.

    As dimensões que coloquei são apenas as que se referem a pessoa em si, de forma 100% individual, que a acompanharão por toda a vida. Mas as dimensões totais são mais amplas, como a social que você falou e também profissional, financeira, amor, família, lazer, etc.

    Abraços!

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  8. Olá, Simplicidade.

    O equilíbrio entre as quatro dimensões é muito dinâmico. Dependerá das experiências vividas e lições aprendidas ao longo da nossa existência. Por isto cada um é dominante em um certo momento.

    Acredito que a medida que nos amadurecemos (diferente de envelhecer) conseguimos enxergar a vida de maneira mais simples. Adquirimos a nobreza de perdoar, ter empatia, ouvir, respeitar e aprender.

    Chegar a esse nível só é possível quando continuamente buscamos o equilíbrio das quatro dimensões. E buscar esse equilíbrio nada mais é que nos aprofundarmos no processo do autoconhecimento, que não é fácil, mas fundamental para que possamos gozar de uma vida mais plena e saudável com nossos semelhantes, com o Criador e com nós mesmos.

    Não conhecia o seu blog, encontrei ótimos posts. Valerá a pena segui-lo.

    Abraços.

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  9. Geração 65,

    Gostei do que falou sobre amadurecimento. Através dele, aprendemos muito a filtrar o que realmente enobrece o caráter e a vida de forma geral. Infelizmente o que vejo com muita frequência é o envelhecimento, os "envelhecentes", que parecem seguir por um caminho quase oposto ao do amadurecimento e sabedoria.

    Penso exatamente o mesmo que você sobre o autoconhecimento. Apesar de muitas vezes ser desagradável inicialmente, é através dele que encontramos nosso propósito e que podemos nos tornar pessoas melhores.

    Um bom final de semana!

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  10. Excelente post, Rosana!

    Esses quadrantes me lembram muito aquele usado por Tony Scwhartz, que fala das dimensões física, mental, emocional e espiritual do ser humano. Eu acho que todas têm sua relevância, e contribuem para nos tornar quem somos!

    Abraços!

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  11. Guilherme,

    "Eu acho que todas têm sua relevância, e contribuem para nos tornar quem somos!"
    Exatamente. Por isso o equilíbrio saudável entre elas é fundamental.

    Interessante os quadrantes de Tony Scwhartz. Eu ainda não conhecia. Bom saber!

    Abraços,

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