O responsável por sua saúde é…

Você!

Não são os médicos como muitos leitores podem ter pensado.


Os médicos estudam e muito, mas atribuir a responsabilidade da própria saúde somente à eles é uma ideia muito simplista, ingênua e até perigosa. Tal ideia foi muito difundida e defendida pelas gerações anteriores, que não possuíam tanta informação, diagnósticos e medicamentos à disposição como hoje.

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O essencial

Assim como não podemos escolher entre ar ou água para continuarmos vivendo, no século XXI as consultas e exames periódicos são essenciais para sabermos se tudo está funcionando de forma correta em nosso corpo.

Se algo estiver fora do esperado, é bem provável que o médico receite algum medicamento ou tratamento para sanar o problema. 


É exatamente neste ponto que entra a nossa responsabilidade através de atitudes como:


– Tirar dúvidas com o médico sobre a doença, tratamentos possíveis e reportar efeitos indesejados dos medicamentos prescritos.


– Pesquisar sobre a doença e formas de tratamento geralmente utilizados. Para isso, utilize sempre sites e fontes confiáveis, pois há muita informação de origem duvidosa na internet.


– Dependendo do caso, procurar uma segunda opinião é útil, pois o conhecimento, experiência e modo de agir de outro médico pode ser bem diferente, o que poderá te auxiliar a tomar a decisão que julga ser a mais acertada.


– Mudar hábitos que possam estar  afetando a saúde de forma negativa.


– Abordar o tema alimentação na consulta médica, pois cada vez mais pesquisas têm comprovado que existe uma conexão muito forte entre saúde e alimentação.


Gostaria de lembrar que tratamento e cura são duas coisas diferentes.

Segundo o Dr. César Vasconcellos (médico psiquiatra) tratamento é o que o médico prescreve, mas se o sintoma não for eliminado, a doença poderá voltar, muitas vezes em forma de outra doença e em outro órgão.

A cura propriamente dita envolve além do tratamento médico uma mudança mais profunda no estilo de vida, suprimindo o que está fazendo mal, sejam fatores que afetam o físico (como ambientes com poeira em caso de rinite) ou psicológicos (convivência com pessoas tóxicas e problemas como ansiedade e/ou estresse excessivo).

 

Cada pessoa reage de uma forma

Um medicamento ou tratamento muito bom para uma pessoa pode ser um desastre para outra. E vice-versa.

Apesar de sermos mais de sete bilhões de pessoas habitando simultaneamente no planeta Terra, cada um possui uma impressão digital única e também uma herança genética personalizada.
Por isso os médicos sempre recomendam que nunca sejam utilizados medicamentos prescritos para outra pessoa – pode dar certo, mas pode dar muito errado ou causar danos irreversíveis. Além disso, as próprias bulas advertem sobre a suspensão do uso e consulta médica em caso de reações adversas intensas.

Assim como na medicação alopática, cada pessoa também reage de maneira única e personalizada em relação a tratamentos naturais e alimentação. Por isso, é essencial prestar muita atenção em quais produtos você costuma utilizar com frequência, pois muitas vezes as doenças começam na própria alimentação, que convenhamos, atualmente não é das melhores para suprir as necessidades fisiológicas sem causar constantes estragos.


O auxílio da medicina

Em se tratando de doenças crônicas, o papel do médico é fundamental, mas sem a mudança de hábitos, muitas vezes os resultados alcançados são insatisfatórios, o que leva a prescrição de doses mais altas dos medicamentos prescritos, o que possivelmente ocasionará efeitos colaterais mais intensos.

Voltando ao título do post: é sua responsabilidade que você faça a sua parte mudando os hábitos nocivos para que o tratamento seja bem-sucedido. O médico faz a parte dele e você precisa fazer a sua.


Médicos e médicos

Infelizmente muitas consultas não duram mais do que dez minutos.

Nesse tipo de consulta, o médico parece mais preocupado em anotar dados no computador do que interagir com o paciente. Nesse caso, exame clínico é raro.

O paciente sai com guias para exames e no retorno, receitas para medicamentos ou vitaminas – geralmente manipuladas.

No segundo tipo de consulta, o médico examina o paciente e tem com ele uma breve conversa antes de solicitar exames.

O médico parece interessado em prestar um bom atendimento, mesmo que de forma breve.

No terceiro tipo, a consulta será mais longa e a habilidade do médico em proporcionar um ambiente mais descontraído deixa o paciente tão confortável que ele acaba fornecendo informações importantes para a solicitação de exames mais específicos ou o fechamento do diagnóstico.


Em qual desses médicos você sentiria mais confiança?


O básico foi esquecido?

Mesmo que a consulta seja com um médico muito bom (para mim é o terceiro tipo acima), se os hábitos ruins não forem modificados, o resultado alcançado ficará bem prejudicado.

Por isso, na medida do possível, é muito importante voltar ao básico, que é uma vida equilibrada, com a quantidade adequada de alimentação, descanso, exercício físico, lazer, trabalho, enfim, uma vida na qual a temperança esteja sempre presente – ou pelo menos, que isso ocorra na maior parte do tempo.


Além disso, é importante destacar que a saúde mental afeta de forma direta e intensa a saúde física – para o bem ou para o mal, o que acaba sendo um grande aliado ou inimigo no tratamento proposto pelo médico.

Uma pessoa mais feliz e satisfeita com a vida geralmente alcança melhores resultados do que uma pessoa triste ou insatisfeita.

Cuidado com os excessos!

Há pouco tempo passei em consulta com um médico.

Foram solicitados muitos exames e no retorno, saí com uma fórmula enorme para manipular, com mais de 20 componentes.

A questão é que não haviam problemas que justificassem tantos componentes na fórmula prescrita!

Na semana seguinte, em consulta com o clínico geral/cardiologista (no qual confio muito), além dos resultados dos exames, levei também a fórmula. Acompanhe o diálogo seguinte:

– Você não precisa disso. Essa fórmula custará muito caro e você vai jogar dinheiro fora, pois seu corpo não irá aproveitar tudo. Você se alimenta bem?

– Sim.


– Então continue assim. Uma alimentação balanceada é muito melhor.”


Realmente a fórmula iria custar bem caro.

Na farmácia indicada pelo médico o preço era de R$ 360,00. Em outras, consegui o orçamento mínimo de R$ 185,00. Mesmo assim, ainda achei caro para as 60 cápsulas prescritas.

Eu havia ouvido algo parecido do oftalmologista, mas acredito que talvez 3 ou 4 cápsulas de multivitamínico acrescentados à dieta por semana seja algo bom para manter os níveis adequados de nutrientes.
Por enquanto é o que tenho feito.

E você? Faz algo parecido?

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Conclusão

Saúde é algo muito precioso. Perdê-la é muito fácil e recuperá-la é muito difícil – às vezes até impossível.

Assim como ocorre em outras áreas da vida como trabalho, estudos e finanças, precisamos aprender a responsabilizar-nos por nossa saúde.


Sem dúvida, a presença e orientação dos médicos são essenciais, assim como também é essencial o nosso próprio interesse em agir no sentido de manter, melhorar ou recuperar nossa própria saúde, pois dela depende a quantidade e a qualidade de anos de vida que teremos.



Créditos das imagens: Pixabay

 

 

20 thoughts on “O responsável por sua saúde é…”

  1. Pois é, Rosana! Nada como a boa e velha responsabilidade pessoal!

    E olha, esse lance das prescrições é algo muito grave mesmo. Muitos médicos recebem comissões dos laboratórios e prescrevem muita coisa de que não precisamos. E nesse arsenal de sugestões, as estatinas são as principais…

    Abraço e parabéns pela iniciativa de abrir os olhos do pessoal!

    Abraço!

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  2. André,

    Acho muito estranho consultórios com tantas amostras de medicamentos. Além disso, é bem comum vermos revendedores dos laboratórios entrando nos consultórios entre uma consulta e outra. Não é à toa que a indústria farmacêutica é a mais lucrativa do mundo, possuindo altas barreiras de entrada para novas empresas.

    Bom saber que gostou do meu post. 🙂

    Boa semana,

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  3. Olá S&H! Texto interessante e pertinente. Realmente precisamos desenvolver o equilíbrio para cultivarmos nossa saúde física, mental e financeira. O bom é tirarmos o melhor proveito da medicina e tudo de bom que ela pode proporcionar. Realmente, tem muita exploração nesse meio. Se não nos informarmos ou pesquisarmos, poderemos sair prejudicados. Então, o mais prudente é fazermos nossa parte, cuidando da saúde como devemos e podemos e, caso uma maior intervenção seja necessária, é importante se informar a respeito, filtrando as informações, vendo sua procedência e buscando boas referências de profissionais, nunca descartando a boa segunda opinião. Convido você a Visitar o http://www.soupoupador.com.br. Lá fizemos comentários a respeito de como conjugar a saúde física e a financeira. Parabéns pelo blog!

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  4. Luciana Koller,

    Gostei do seu comentário, penso como você. Se não nos informarmos, em vez de um tratamento ou medicamento nos ajudar, acaba não resolvendo o problema ou nos prejudicando ainda mais.

    Agradeço por sua visita e pelo comentário. Parabéns pelo seu blog também, estou gostando muito dos posts!

    Boa semana,

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  5. Também não uso complexos vitaminicos… são um cocktail universal, que não servem de igual forma, para todas as pessoas!…
    Mas o responsável maior pela nossa saúde, somos nós mesmos… com as nossas opções alimentares e estilos de vida… o problema… é que só quando surge uma doença, é que por vezes, tardiamente nos consciencializamos de tal!…
    Mais um post fantástico, por aqui! Parabéns, pelo conteúdo!
    Beijinhos
    Ana

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  6. Ana,

    Bom saber que gostou do meu post.

    Precisamos mesmo no cuidar antes que doenças mais sérias apareçam – e muito disso conseguimos através dos hábitos diários, que muitas vezes achamos insignificantes, mas que no final farão toda a diferença.

    Boa semana!

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