Recentemente vi uma propaganda com ofertas de bolachas e chocolates. O título, que estava na frente de uma grande bolacha recheada, era: eu mereço.
É difícil encontrar alguém (de todas as idades) que não goste de chocolates ou de nenhum tipo de bolacha. Por isso, acredito que essa afirmação produza no leitor a ânsia por justificativas mentais que expliquem o motivo da compra – que obviamente não será por necessidade, mas por desejo.
O problema é que o desejo não é nada racional, muito pelo contrário, é basicamente emocional.
Se houvesse uma relação equilibrada entre razão e desejo, será que alguém consumiria tanto açúcar e gordura juntos, como no caso das bolachas recheadas?
No momento de saborear é agradável, mas e quanto às consequências?
O que será que uma propaganda como essa está nos dizendo nas entrelinhas? Seria algo como: eu mereço obesidade, hipertensão, diabetes, inflamações (o açúcar branco é altamente inflamatório por si só), etc?
Considerando o fato de termos o paladar tão alterado desde a infância pelo excesso de açúcar e pelo glutamato monossódico (vale a pena pesquisar sobre essa substância), será que o “eu mereço” faria o mesmo efeito se fosse utilizado em ofertas de frutas, legumes ou verduras? Nesse caso, nas entrelinhas, o “eu mereço” estaria dizendo: eu mereço saúde, vitalidade, disposição, clareza mental, etc.
De acordo com nossos hábitos, quantas pessoas são realmente capazes e determinadas o suficiente para ver o que está além das frases de efeito e das imagens bonitas aos olhos, mas terríveis à saúde?
Da próxima vez que você ver uma propaganda do tipo, pergunte-se da forma mais racional possível: as consequências e os impactos negativos desse produto à saúde, aparentemente tão inofensivo, realmente valem a pena?
Qual é a sua escolha?
Como está escrito na carta de Paulo aos Coríntios:
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.”
1 Coríntios 10:23
Créditos da imagem: Tuomas_Lehtinen – Free Digital Photos