A lupa chamada dinheiro

O dinheiro pode proporcionar a compra de alimentos saudáveis ou nocivos à saúde.

Pode proporcionar a compra de livros ou de cigarros.


Enfim, pode comprar tudo o que é comercializável, seja para o lado do bem ou para o lado do mal, pois é neutro.


O dinheiro é um meio e não um fim em si mesmo.


O dinheiro é a raiz de todos os males

É bem provável que você já tenha ouvido essa frase, mas talvez não saiba que ela não foi escrita exatamente dessa forma.

“O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”. (I Timóteo 6:10) – eis o versículo na íntegra.


Percebeu a diferença?


O amor ao dinheiro, que resulta em ganância, corrupção, egoísmo, em querer sempre mais somente para si – essas são as consequências desse tipo de conduta.


lupa


Se fosse possível colocar uma lupa na mente de uma pessoa com as características acima, o que seria encontrado, além de muita riqueza material?


Paz de espírito?


Consciência tranquila?


Alegria genuína?


Ou temores e conflitos internos?


Como eu disse acima, o dinheiro é um meio e não um fim em si mesmo.


O modo como o adquirimos e como o usamos fará toda a diferença – para o bem ou para o mal.


Ostentação no dia a dia

Celulares, tênis, roupas, colares, relógios, automóveis… a lista de produtos admirados e desejados e imensa.

É bem comum que o dono do objeto admirável trabalhe meses (ou até anos, como no caso de automóveis) para comprar algo que ele acredita que irá tirá-lo ao menos um pouco do grupo social no qual se encontra.


Tudo pela sensação ilusória de pertencer a um outro grupo ao qual na realidade não se pertence.


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Se no início havia uma certa alegria relacionada à compra, com o tempo mais compras serão necessárias para manter o mesmo nível ilusório de satisfação e pertencimento.

Considerando que o dinheiro é um meio e não um fim, os recursos que poderiam ser utilizados de uma maneira mais proveitosa e de acordo com os interesses pessoais, foram gastos com coisas que não valem tanto assim.


Qual seria o sentimento final alguns meses após todas as compras?


Satisfação ou frustração?


Qual sentimento seria o preponderante se o mesmo recurso fosse utilizado para pagar um curso ou fazer algo considerado mais útil para a pessoa?

 

Escolhas

Querendo ou não, de forma consciente ou não, a realidade é que estamos sempre escolhendo.

Escolhemos o que vestir, o que comer, qual curso fazer, onde morar, por qual rua andar…

São tantas escolhas, que nem sempre há uma reflexão mais profunda sobre os hábitos de consumo. E principalmente, para onde eles estão nos levando.


Ao colocarmos uma lupa nos hábitos atuais, podemos ter uma ideia de como o futuro será.


Seus hábitos de consumo atuais estão alinhados com seus objetivos pessoais e profissionais?


Se você pudesse colocar uma lupa em sua mente, diria que seus hábitos em relação ao dinheiro te proporcionam sentimentos de alegria, paz, de estar fazendo o que acredita ser o correto de acordo com suas possibilidades – sem dar um passo maior do que a perna, mas também não dando passos menores do que é capaz?


Ou seriam sentimentos desagradáveis, de frustração ou preocupação?


Como diz o ditado: ”dinheiro não aceita desaforo”. Apesar de ser neutro, tudo o que for feito através dele terá consequências boas ou ruins.


Que nossas atitudes em relação ao dinheiro sejam as mais construtivas, sábias e positivas possíveis.

 

Créditos das imagens: Free-Vector-Images (Pixabay) e AA40

20 thoughts on “A lupa chamada dinheiro”

  1. Texto muito verdadeiro e quem dá demasiado valor ao dinheiro está fazendo a pior escolha… Saber usar o dinheiro é preciso, escolher como, onde e quando usar, é preciso! beijos, tudo de bom,chica

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  2. Dinheiro era pra ser um tema simples. Um assunto simples, mas geralmente não é…
    A vaidade é o combustível que leva a muitos erros com relação à finanças, portanto é bom estar atento a essa caracterísitica que faz parte do ser humano, mas quando predomina costuma trazer consequências ruins.
    Outro ponto é a necessidade de aprovação, que é outro caminho que leva a gastos desnecessários ou exagerados. Veja que os dois casos são questões psicológicas com desdobramentos sociais.

    Por fim a questão prática e real: A maioria das pessoas ganham salários que não são condizentes com suas necessidades e objetivos. E nisso não me refiro a sonhos de consumo e afins.
    Me refiro a ter a necessidade de fazer financiamentos por nao ter condições de comprar bens a vista. De passar boa parte da vida em busca do imóvel próprio etc.
    Esses são gargalos que muitas vezes geram a bola de neve do endividamento e comprometem orçamentos por meses e anos a fio e isso nem sempre é fácil de lidar.
    Nesse bolo ainda estão possível desemprego, achatamento de salários, ou empreendimentos que vem a fechar por crise, concorrrência ou falhas administrativas (as vezes até inexperiência dos empreendedores).

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  3. O consumismo moderno é um problema sério da sociedade, infelizmente as redes sociais vieram para exaltar o consumo e hoje todo mundo criou uma espécie de necessidade em mostrar-se feliz e satisfeito para os outros, inevitavelmente isso passa pelo consumo.

    As pessoas vivem vidas que não as pertencem, na verdade pertencem aos outros. Só é possível ter felicidade se o outro me considerar feliz, é uma espécie de necessidade de validação da própria felicidade.

    Abraços,
    Pi.

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  4. Poupador do Interior,

    Excelentes reflexões!

    Quando mais as pessoas desejam viver a vida de outras pessoas, quanto mais consomem seguindo esse mesmo padrão, mais insatisfeitas ficam, pois se no momento da compra houve uma satisfação, ela geralmente acaba sendo muito breve – exatamente o contrário do que ocorre quando compramos algo que queremos por nós mesmos, algo que esteja em acordo com nossos valores e com nossa essência.

    Abraços,

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  5. Cowboy Investidor,

    Viver sempre um padrão acima um dia torna-se insustentável. Além disso, se há reclamação, não há a satisfação que deveria estar presente nesse estilo de vida mais abastado. E nesse caso, a corrida de ratos precisará ser percorrida por muito mais tempo…

    Bom saber que gostou do meu post!

    Abraços,

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  6. Anônimo,

    Excelentes reflexões.

    Em relação ao terceiro parágrafo, infelizmente essa é a realidade de grande parte da população brasileira, pois os salários são baixos, os custos e os impostos são altos e dessa forma a conta, quando fecha, é com dificuldade.

    Esse é um problema bem complexo e que pelo jeito, está longe de ser solucionado, pois trabalhar para conseguir pagar o imóvel próprio (e não passar 30 anos pagando um financiamento), ter um carro, não digo viver com luxo, mas ter uma vida minimamente razoável como ocorre em outros países da Europa e América do Norte seria o esperado. Ver o dinheiro render no final do mês, e não ser corroído pela inflação, pelos altos preços e pelos impostos.

    Abraços,

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  7. chica,

    Saber onde, como e quando usar o dinheiro – passos muito sábios e saudáveis.

    Além disso, refletir também sobre o por que da compra. Será que é realmente algo que eu quero ou estou comprando apenas porque está na moda?

    Abraços,

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  8. Que legal essa sua análise amiga…
    Assim como tudo o dinheiro tem seus prós e contras não é mesmo!
    Ameii seu blog…
    Já está nos meus favoritos..
    Seguindo já você
    Beijinhos

    Cátila Santos

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  9. Olá Rosana
    Ótima postagem. O amor ao dinheiro prejudica muito. Precisamos ter sabedoria, comprar o necessário, viver dentro das possibilidades e ajudar ao próximo, lançar fora o egoísmo. Bjs querida.

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