Consumidores mastigando pouco?

Um dos maiores erros dos consumidores do mundo contemporâneo é que estamos mastigando pouco. Essa foi a conclusão do educador financeiro Marcos Silvestre no texto: O erro dos consumidores? Estão mastigando pouco!

A analogia é muito adequada e criativa, pois o que tem se tornado cada vez mais comum na alimentação está sendo utilizado também em relação ao consumo.

 

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Todos sabemos que mastigar várias vezes o alimento, sem pressa e em um ambiente agradável e adequado são práticas fundamentais para uma boa digestão. Mas quem habitualmente age dessa forma?

Segundo Silvestre, ao mastigar pouco, comemos muito mais do que o necessário, saboreamos pouco e engolimos rápido demais.

Tudo isso resulta em uma digestão mais lenta e difícil, menor absorção de nutrientes e sensação de saciedade por menor tempo. Imagine esse hábito sendo praticado em longo prazo!

Em relação ao consumo, será que não estamos trilhando o mesmo caminho?

Temos pressa em consumir, mas por pouco tempo, pois logo o objeto de consumo já não desperta mais tanto interesse.

Então, temos novamente desejos de compra, que nos levam a mais consumo com satisfação cada vez mais passageira, dando lugar a novos desejos de consumo em um círculo vicioso muito intenso, dinâmico e destruidor do orçamento doméstico, dos recursos naturais e gerador de mais lixo.

E assim, muitas vezes vamos nos tornando acumuladores de coisas que não nos interessam ou que não mais usaremos, mas que queremos comprar simplesmente pelo ato de comprar. Podem ser livros, roupas, sapatos, filmes, jogos. Objetos que temos apenas pela ânsia de ter, pois no fundo sabemos que dificilmente usaremos novamente aquele objeto.

As gerações passadas davam muito mais valor ao que possuíam, pois, a escassez de recursos financeiros obrigava as famílias a limitarem gastos com supérfluos, então tudo era muito bem aproveitado. Infelizmente o apelo do marketing e a facilidade para comprar resultaram em indivíduos insaciáveis e com satisfação fugaz em relação ao que foi comprado.

Como disse o Guilherme no blog Valores Reais: deixe as coisas gastarem. Se ainda está sendo útil e atendendo suas necessidades, por que comprar outro? Porque está um pouco desatualizado? Porque está fora de moda? Porque “todo mundo” tem um modelo novo e mais moderno?

Se não conseguirmos nos dominar nesse sentido, o consumismo nos dominará, causando um impacto ambiental maior ainda do que o atual já não suportado pelo planeta.

Por isso, antes de fazer novas aquisições, reflita se a compra é realmente indispensável ou se não é uma nova influência da mídia e/ou da sociedade criando uma nova necessidade desnecessária.

Créditos da imagem: Stuart Miles – Free Digital Photos

 

6 thoughts on “Consumidores mastigando pouco?”

  1. Rosana, primeiramente, muito obrigado pela visita ao blog. Fiquei extremamente feliz. O texto é muito interessante, gostei muito. A relação entre mastigar pouco e a mesma pressa em consumir.

    Com referencia a pergunta que você fez estarei respondendo lá no blog. Volte sempre que puder!

    Abraço

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  2. J. Araújo

    Eu também agradeço por sua visita em meu blog, espero que goste do conteúdo que posto aqui.
    O seu blog é muito bom, conteúdo bem diversificado e útil para a vida prática e para a reflexão. Gostei demais da imagem que postou como fundo! Minas é um lugar muito bonito.

    Vou lá no seu blog ver a resposta, espero que tenha dado certo para você! Que situação aquela com ácido… ainda bem que você conseguiu ser atendido a tempo e se recuperado bem.

    Abraços,

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  3. Gostei muito dos posts do seu blog aquele post sobre alimentação correta mastigando os alimentos (eu sempre busco comer assim mastigando bem e devagar ) sabendo que esta é a forma sadia de Saúde e bem estar. Gostei do paralelismo com o consumismo. obrigado…grato.

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  4. Aparecido,

    Fico feliz em saber que está gostando dos meus posts!
    Quando mas devagar comemos, de menos alimento precisamos para sentir saciedade. Imagine se no consumo fizéssemos o mesmo, ou seja, pensar muito antes de comprar algo e curtir o que já compramos. Seria bem melhor, não é?

    Abraço!

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