É na adversidade que nos conhecemos. E que conhecemos os outros também.

Se fosse possível fazer uma análise mais profunda e imparcial de algumas situações desagradáveis, é bem provável que ficaríamos surpresos com nossas próprias atitudes, que nesses momentos nem sempre caminham de acordo com nossa personalidade e objetivos.

Da mesma forma, nos surpreendemos ao ver pessoas agindo de maneira totalmente diferente da qual estamos acostumados.

 

Você já deve ter visto as seguintes cenas:

– Uma pessoa tranquila de repente explode quando as coisas não saem de acordo com o que era esperado por ela.

– Uma pessoa torna-se fria ou indiferente a partir do momento em que sua sugestão é descartada.

– Uma pessoa começa a ser irônica com outra com o objetivo de testar sua paciência e seu limite.

Agora imagine que uma das pessoas citadas nos exemplos acima seja você.

Como será que o seu interlocutor receberia o ataque de fúria, a frieza e as indiretas?

E como você se sentiria após esfriar a cabeça?

 

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A justificativa

No primeiro momento, geralmente a tendência é a de justificar os atos dissonantes.

Além disso, a culpa é sempre colocada no outro.

A pessoa pode até ter razão em relação aos fatos, porém a reação exagerada pode até prejudicar – e muito – tal razão. Além de macular a imagem pessoal.

 

O arrependimento

Nem sempre isso ocorre, pois ninguém gosta de perder, mas quando o lado racional retoma o controle, geralmente ouve-se frases como:

– Onde eu estava com a cabeça?

– Por que fiz isso?

Apesar de não ser possível apagar o passado, refletir sobre o ocorrido é muito útil para que situações semelhantes sejam evitadas. Ou que se tornem cada vez menos impactantes e destrutivas no futuro.

Afinal, somos criaturas de hábitos e por isso podemos melhorar e aperfeiçoar qualidades como resiliência e autocontrole.

 

Conhece-te a ti mesmo

Quando lemos a frase acima, geralmente pensamos em virtudes e valores, mas também podemos utilizá-la para reflexões sobre nossos próprios limites.

Até que ponto eu aguento suportar uma determinada situação sem explodir ou implodir?

Até que ponto eu aguento suportar de forma pacífica os ataques de uma pessoa sem partir para o conflito direto?

Apesar de não ser fácil, em momentos de tensão precisamos calar o máximo possível a emoção e deixar a razão ter a situação sob domínio, pois do contrário, os danos podem ser irreparáveis.

Apesar de ser algo bem desconfortável, são nesses momentos que podemos aprender muitos sobre nós mesmos, sobre a importância do domínio próprio, sobre a tendência de querer vencer a qualquer custo, sobre valer a pena ou não gastarmos tempo com coisas que são irrelevantes para nós.

São nesses momentos que conseguimos separar de forma clara e objetiva o essencial do inútil, o importante do fútil.

São nesses momentos que conseguimos nos conhecer melhor, que conseguirmos ver em nós mesmos um lado mais irracional que não aprovamos e que começamos a compreender o que precisa ser modificado.

São nesses momentos que percebemos que muitas vezes nossas próprias atitudes podem voltar-se contra nós mesmos, pois afinal, ninguém quer ter por perto alguém que se deixa dominar mais pela emoção quando a razão deveria estar no comando.

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Por isso, da próxima vez em que você perceber que está prestes a tomar uma atitude da qual sabe que se arrependerá depois, respire fundo, conte até 10, respire fundo de novo, conte até 100, enfim, faça o possível para manter a razão no controle.

Sua saúde, sua mente, sua consciência, seu corpo e todas as pessoas que convivem com você agradecem!

Crédito das imagens: Pixabay

 

11 thoughts on “É na adversidade que nos conhecemos. E que conhecemos os outros também.”

  1. Sem dúvidas a melhor saída é agir de forma racional.
    Acho que é fundamental também sabermos a hora de parar, desistir, reconhecer que determinada situação não vale a pena, é insustentável…
    Muitas vezes estamos nessas situações de tensão, um exemplo disso pode ser um emprego: A pessoa está num determinado emprego onde o cenário é desfavorável a ela.
    Colega(s) de trabalho ruins ou mesmo sabotadores, superiores omissos, ou que por algum motivo simpatizam com o sabotador (geralmente puxa-saco), além de falta de perspectivas profissionais e financeiras naquele local. Tá armada a bomba.
    No curto prazo pode ser que esse cenário seja bem administrado pelo funcionário "isolado", mas até quando ele aguenta? Até quando vale a pena, se é que vale a pena?
    Aí entram outras questões com dificuldades para conseguir outro emprego, medo de arriscar, idade etc. E nisso o funcionário vai tentando sobreviver alí, se não explodir, provavelmente implodirá. A saúdo pode ser implodida junto, com estresse, depressão, ansiedade, insônia, gastrite entre outros problemas que podem ser causados ou agravados pelas emoções.

    Em resumo: Temos que admitir que em algumas situações nós não conseguiremos mudar o que nos cerca. Temos que saber a hora de sair de certos contextos.
    Perder tempo, a paz e/ou a saúde nesses casos nunca compensa, a pessoa tem que buscar alternativas e criar coragem pra mudar o mais rápido possivelmente se arrependerá depois.

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  2. Olá Rosana
    As vezes agimos de forma incorreta, e está aberta para o arrependimento revela uma boa saída. Como é importante suportar as adversidades de forma pacífica. Ótima postagem, bjs querida.

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  3. Lucinalva,

    Suportar as adversidades de forma pacífica – apesar de difícil, essa é a melhor solução. E mesmo que a outra pessoa não queira agir dessa forma, quanto menos nos deixarmos "contaminar" nessas situações de tensão, melhor para nós mesmos.

    Boa semana!

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  4. Anônimo,

    Excelentes reflexões, ainda mais em tempos de pandemia, na qual houve um grande aumento de distúrbios mentais (como ansiedade e depressão) somado à insegurança em relação à manutenção do emprego.

    São em momentos assim que conhecemos realmente as pessoas. Muitos estão com os nervos à flor da pele, pois a competitividade aumentou significativamente, conseguir outro emprego não é uma tarefa fácil, etc. Por isso, precisamos aprender a lidar com tais situações agindo da forma mais racional possível, como você disse. E sair de cena quando necessário. Muitas vezes não dar tanta atenção assim ao que a outra pessoa falou, não entrar no mesmo clima de discussão que muitas vezes começa a se formar.

    "Temos que admitir que em algumas situações nós não conseguiremos mudar o que nos cerca. Temos que saber a hora de sair de certos contextos."
    Você disse tudo. E nada melhor do que sair em paz, de sair sabendo que fez a coisa certa.

    Há coisas na vida que realmente não valem a pena. Precisamos ter sabedoria para conseguir identifica-las e descarta-las de nossas vidas.

    Boa semana!

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  5. Perfeitas as colocações e por vezes vemos até em nós comportamentos que não concordamos quando algo nos desafia. mas ainda bem, temos discernimento e sabedoria pra tudo recolocar no lugar! beijos, tudo de bom,chica

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  6. Até que ponto eu aguento suportar uma determinada situação sem explodir ou implodir?
    Até que ponto eu aguento suportar de forma pacífica os ataques de uma pessoa sem partir para o conflito direto?

    Olá, querida amiga Rosana!
    Sabe, eu implodo… Mas tenho tido a serenidade de silenciar ante desafios ou apreensões.
    Paz de espírito é urgente ante toda situação.
    Faz bem para nós e para os demais.
    Tenho progredido muito e silenciar é um santo remédio.
    Respirar…
    Tenha dias abençoados!
    Bjm carinhoso e fraterno

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