Você sabe o que realmente significa marketing?
Segundo Philip Kotler, um dos maiores especialistas no assunto, “marketing é a ciência e a arte de explorar, criar e entregar valor para satisfazer as necessidades de um mercado-alvo com lucro. Marketing identifica necessidades e desejos não realizados. Ele define, mede e quantifica o tamanho do mercado identificado e o potencial de lucro.” Philiph Kotler – Marketing Management
Basicamente o marketing procura entregar algo de valor ao consumidor em troca de lucro.
Frequentemente são feitos estudos para identificar novas tendências, novos desejos e novas necessidades – ou repaginar as existentes.
Criações desastrosas
Embora esse não seja o objetivo do post, abordarei brevemente o assunto.
O objetivo do marketing é entregar valor em troca de lucro, certo? Mas e quando esse valor satisfaz apenas desejos estranhos e destruidores da saúde como cigarros, refrigerantes, doces e margarinas? E o que dizer dos brinquedos, filmes e jogos violentos?
Para mim soa um pouco incoerente que uma sociedade que prefere a paz e a saúde em vez de guerra e doenças continue alimentando o marketing para que sejam produzidas mais invenções nesse sentido.
O marketing agressivo
Infelizmente esse tipo de marketing é muito utilizado para induzir ao consumo sem reflexão e para fazer com que as pessoas se sintam envergonhadas por não possuir um determinado produto. Veja no final do post um excelente artigo publicado no Valores Reais sobre o assunto.
Há algum tempo vi uma propaganda de automóvel que chamou a minha atenção. Estava escrito: é para isso que você trabalha. Apenas essa frase e a imagem de um carro.
Fiquei me perguntando: É? É para isso que você trabalha? É mesmo? Veja no final do post minha reflexão sobre esse assunto.
Uma propaganda de automóvel que vi há algum tempo também vale a pena o comentário.
Embora não pareça fazer parte do marketing agressivo, acabou ficando engraçada. Talvez você também a tenha visto: automóveis voando!
Não entendi o objetivo de tal peça publicitária. De qualquer forma, ainda bem que tais carros estão limitados ao solo mesmo, pois imagine como ficaria o céu…
No início da propaganda até parecia uma nuvem de gafanhotos.
O marketing como aliado
Por mais estranho que possa parecer, se não fosse o marketing, talvez as coisas estivessem muito piores, pois querendo ou não, assim como ocorre com tudo na vida, a tendência é que em algum momento o equilíbrio, mesmo que precário, exista.
Um exemplo: a situação está bem diferente para o mercado de refrigerantes que antes eram praticamente soberano nessa área, dividindo o mercado apenas com os igualmente nocivos sucos em pó.
Hoje, com tanto acesso à informações importantes, muitas pessoas estão migrando dos refrigerantes para os sucos naturais. Além disso, há cada vez mais pessoas percebendo que não faz bem ingerir líquidos durante as refeições.
O marketing “do bem” levou muitas pessoas a substituírem o refrigerante pelo suco natural, o que fez também com que uma parte delas procurasse agregar outros hábitos mais saudáveis à rotina, como cortar os líquidos durante as refeições, consumir menos açúcar branco e mais produtos orgânicos, praticar uma atividade física, enfim, uma coisa acaba levando à outra em um círculo virtuoso em prol da saúde.
Os produtos de limpeza que antes eram muito fortes e agressivos à saúde foram substituídos por outros mais suaves que causam menos danos ao corpo. Além disso atualmente há grande variedade de tamanhos e fragrâncias.
Automóveis que utilizam combustíveis muito poluentes aos poucos estão sendo substituídos por outros que poluem muito menos, como os carros híbridos, elétricos e quem sabe algum dia existam carros movidos à energia solar, fotovoltaica, hidrogênio ou até água.
Vale a pena ressaltar que no Brasil essa substituição por automóveis menos poluentes ocorre de forma muito lenta, quase parando devido aos preços/impostos proibitivos desses produtos para a maioria da população.
Na internet, se não fosse o marketing, o Google não seria o buscador que se tornou referência e provavelmente ainda estaríamos tentando desinstalar as diversas e desagradáveis toolbars de busca que os sites instalavam automaticamente ou camuflavam em programas baixados. Hoje há outros problemas, mas pelo menos das toolbars estamos livres.
O que dizer do e-mail? As opções gratuitas eram cheias de propaganda e com pouco limite de armazenamento. Hoje, há muitas opções gratuitas de qualidade, com alto grau de segurança e grande capacidade de armazenamento.
Os exemplos são inúmeros, mas acredito que deu para perceber que há muita coisa boa sendo feita pelo marketing.
Conclusão
Assim como tudo na vida geralmente possui várias interpretações e opções, com o marketing não poderia ser diferente.
Caba a cada um de nós não nos deixarmos levar pelo marketing agressivo que induz ao consumo de coisas desnecessárias ou irrelevantes à nós mesmos e aproveitar o melhor que o marketing tem a nos oferecer em termos de qualidade, utilidade e novas criações.
Links dos posts citados:
É para isso que você trabalha
Vicki Robin: “se a propaganda puder envergonhar alguém, terá um consumidor em potencial” – Valores Reais
Créditos das imagens: Peggy und Marco Lachmann-Anke e Gerd Altmann – Pixabay
Um excelente trabalho sobre essa palavrinha que é o Marketing.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Bom saber que gostou, Francisco. 🙂
Boa semana à você também!
Boa tarde
Postagem muito interessante, bjs querida.
Muito interessante a sua análise sobre marketing
gostei de ler
beijinhos
🙂
Bom saber que gostou, Lucinalva. 🙂
Bom saber que gostou da leitura, Piedade Araújo Sol. 🙂