Há algum tempo ouvi uma frase que era mais ou menos assim:
“Na vida, vencedor não é aquele que juntou mais brinquedos,
mas sim, aquele que aprendeu a viver melhor”.
E desde então, essa frase tem me acompanhado.
A conclusão a que cheguei é que eu não juntei muitos brinquedos.
E também não aprendi a viver melhor.
O que é a vida?
A vida é o que acontece enquanto eu e você esperamos por ela.
Quanto tempo a mente realmente está presente no momento presente?
A maior parte do tempo, a mente alterna entre passado e futuro – talvez para se livrar do sabor insosso ou amargo do presente.
Será que o problema está mesmo na mente? Ou será que está mais no conflito entre os valores, virtudes, dons, interesses e a vida como ela se apresenta?
O que realmente importa?
Passei a filtrar mais o que é realmente importante para mim.
A começar pelos valores, um dos mais relevantes para mim é a simplicidade.
Quando percebo que algo está indo para o lado da complicação que eu tanto quero evitar, penso na frase: ”Não complique!”
E tenho obtido bons resultados em várias ocasiões.
Ainda não testei para coisas mais complexas, mas para as coisas simples, ao ouvir a frase dita de forma tão decidida, minha mente logo começa a procurar uma solução que se harmonize com essa afirmação.
Tenho também aprendido melhor a colocar limites e a dar um basta no que não quero mais em minha vida.
Deixar para depois não resolveu e nunca vai resolver nada. Na realidade, vai piorar o que não estava bom.
Fazer o melhor possível
Finalmente eu entendi que fazer o meu melhor é diferente de fazer perfeito.
Muitas vezes, as coisas simples nos ensinam ricas lições.
O meu lado perfeccionista sempre falou mais alto. E por isso, eu me irritava e me frustrava quando algo não atingia o nível de qualidade que eu imaginava.
Fazer bem feito e com capricho, sim. Mas, agora, sem a carga desnecessária da perfeição.
Em que me ajudou eu me cobrar demais?
Em que me ajudou eu cobrar demais as outras pessoas?
Em absolutamente nada.
Menos expectativas
Essa área eu ainda tenho muito a aprender. Mas, comecei a mudar minha maneira de compreender o assunto.
Por esperar muito, eu me frustrei muito.
Hoje procuro ser mais realista e honesta comigo mesma.
E procuro também não esperar muito das pessoas, pois sei que, por melhores que sejam as intenções, nem sempre conseguimos cumprir o que prometemos.
Viver um dia de cada vez
Talvez esse seja o mais difícil, mas é algo que decidi colocar em prática.
Meus dois últimos anos foram tensos, tumultuados. E como resultado, a ansiedade se intensificou muito.
E nesse contexto, eu busquei começar a viver cada pedacinho de 24 horas de uma forma mais leve, procurando interromper pensamentos catastróficos em relação ao futuro.
A mente é tão criativa!
Se ela pode criar pensamentos ruins, também pode criar pensamentos bons, leves e saudáveis – e são nesses que eu quero que minha mente foque a atenção.
Será que não são esses os pensamentos predominantes na rotina de quem venceu na vida?
Saber viver
Em um mundo tão confuso e repleto de atividades, ilusões e distrações, saber viver não é tão fácil quanto parece.
Ou melhor: não é tão fácil e espontâneo como deveria ser.
Saber viver é se redescobrir, tirar as camadas pesadas que a sociedade sutilmente colocou sobre nós.
É voltar-se para a própria essência, para o que é realmente importante.
Como eu disse no início, eu não consegui alcançar a riqueza material. Mas, eu decidi que quero aprender a viver melhor a cada dia, pois no final das contas, isso é o que realmente importa.
Aprender a viver melhor é um dos maiores presentes, talvez até o mais precioso que eu posso dar a mim mesma.
Créditos das imagens: Pixabay
Muito obrigado pelas palavras. Naquele momento que a a vida parece extremamente conturbada, complexa, difícil, pesada, ler isso dá uma certa paz que sim, dá pra viver tranquilo….
Obrigado. mesmo!
Agradeço por seu comentário, Juliano.
Bom saber que meu post te fez tão bem. 🙂
Cada vez mais estou chegando a conclusão de que a vida não funciona exatamente como nos ensinaram…
Boa semana!
Não criar expectativas é, para mim, o melhor de tudo! Não é algo fácil; é um exercício mental que requer disciplina até chegar ao ponto de se tornar ‘natural’, mas é um caminho sem volta (para a alegria), rsrs.
Zé Tampinha,
É um grande exercício mental mesmo, mas para mim está valendo muito a pena.
Como você disse, é um caminho sem volta – para uma vida mais leve, para o suficiente.
Abraços!
Bom dia, Rosana
Postagem muito interessante, rica de informações preciosas. Viver um dia de cada vez é libertador, não temos o controle do futuro, e não podemos estagnar no passado, só temos o hoje, então vamos priorizar a leveza, buscando sempre pensamentos bons, não é fácil, mas é possível, com a graça de Deus, um forte abraço.
Lucinalva,
Li recentemente que viver no passado ou no futuro é um tipo de ausência do eu.
Isso fez muito sentido para mim, pois de que adianta viver sem estar presente no momento presente?
Abraços!
Uma frase encantadora muito atual. Bonito texto que gostei de ler
Abracinho terno.
Mariete,
Agradeço por seu comentário, bom saber que gostou do meu texto! 🙂
Um abracinho terno para você também!
Muito legal o texto! Chegou em um momento mais atribulado com um grau elevado de ansiedade. Despertou a reflexão. Agradeço a reflexão, forma leve, mas cheia de significado!
Falesaco,
Bom saber que meu texto foi útil à você e que te levou a refletir sobre o assunto. 🙂
Nesse mundo tão atribulado, com a ansiedade cada vez mais presente, estou revendo meus objetivos e o que é realmente importante para mim. Pois muito de tudo o que eu achei ser importante não passa de ilusões e distrações de um mundo que quer a todo custo nos tornar insatisfeitos e propensos ao consumo.
Abraços!
Um artigo instigante que nós faz refletir. Uma frase que me veio a mente foi de Clóvis de Barros, segundo ele: “Dor e sofrimento, afinal de contas eu não lembro de ter sofrido antes de nascer e tenho a nítida impressão de que não sofrerei depois de morrer.”
Voando Abaixo do Radar,
Uma frase tão simples, mas tão profunda! Por isso, cada vez mais, precisamos estar mais presentes.
Na maioria das vezes, o presente, como ele se apresenta, é o suficiente.
Abraços,
Por muito que nos esforcemos nunca atingimos o ponto ideal na nossa interação com os outros.
Não devemos nunca desisitir mas antes procurar o melhor ponto de equilíbrio.
Abraço de amizade.
Juvenal Nunes
Concordo com você, Juvenal.
Como você disse, o ponto de equilíbrio é a melhor solução. Não somos perfeitos. Ninguém é.
Almejar a perfeição ou o ponto ideal é uma grande ilusão que só nos trará decepção.
Boa semana!
Bom.dia de Paz, querida amiga Rosana!
Duas coisas me chamaram muita atenção aqui:
“Dar um basta no que não quero mais em minha vida.”
Assim faço e digo mais serena.
“Nao esperar mais nada de ninguem”.
É o melhor, sem sombra de dúvidas. A maturidade nos ensina que assim é muito melhor. Caso contrário, é só decepção. Uma após a outra.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos