Se você está satisfeito com sua vida, com os resultados que alcançou até agora, essa frase provavelmente soe como uma confirmação, como uma agradável verdade, mas se esse não for o seu caso (como também não é o meu), é muito provável que a perplexidade, o desconforto, a angústia ou algum sentimento desagradável apareçam.
O poder da escolha
Desde o momento em que acordamos, estamos escolhendo: o que vestir, o que comer, o que estudar, o que organizar, o que pensar, o que fazer durante o dia, o que comprar ou não comprar, com que conversar, etc.
A maior parte das pessoas parece não dar tanta atenção às escolhas que faz – não pelo menos a atenção necessária para que os resultados esperados sejam realmente alcançados.
Não é raro que detalhes aparentemente sem importância tornem-se grandes obstáculos com o passar do tempo.
Assim como um vazamento de água, muitas vezes coisas aparentemente pequenas podem tornar-se grandes problemas, grandes frustrações ou arrependimento devido a negligência e também ao excesso de otimismo desprovido das ações necessárias.
Considerando que desde o momento em que acordamos estamos escolhendo, será que estamos escolhendo certo?
Vou citar um exemplo extremo: um fumante tem consciência dos malefícios do cigarro, mas ao escolher fumar ele sabe que não pode esperar ter boa saúde por muito tempo.
Nesse caso é fácil saber qual é a atitude ideal: não fumar. Mas e quando você está diante de duas opções que acredita serem igualmente boas?
Como discernir qual te aproximará mais de seus objetivos? Será que alguma delas te distanciará ainda mais do que você almeja para sua vida?
Caminhos
Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte.. (Provérbios 14:12)
Às vezes você muda o trajeto de ida ao trabalho e algo ruim acontece.
Ou não muda quando sente um impulso muito forte para isso e algo ruim acontece.
Ou muda quando tem uma leve impressão de que não deveria mudar e algo ruim acontece.
Pode acontecer de você escolher uma opção de investimento que acredita conhecer o suficiente, mas a partir dos resultados frustrantes, percebe que não sabe quase nada sobre o assunto.
Ou você escolhe uma pessoa que a princípio parece ser o par ideal, mas com o tempo os pequenos defeitos que quase não te incomodavam tornam-se irritantes e insuportáveis devido a atenção maior que agora você dá à neles.
Ou você prefere assistir um filme ou fazer outra atividade agradável em vez de estudar para uma prova escolar ou concurso público e obtém resultados insatisfatórios nos testes.
O resultado
Em todos os casos citados acima, a sua consciência te incomodará, mas a grande questão é: por que você não teve essa percepção tão clara antes que chegasse ao momento da colheita desagradável?
Acredito que muitas vezes estamos onde não gostaríamos de estar devido ao excesso ou a escassez de autoconfiança e de autoconhecimento.
Não é incomum uma pessoa ficar em dúvida diante de duas boas opções, encontrar grande dificuldade em decidir se faltar-lhe autoconfiança, assim como uma pessoa com excesso dessa característica pode querer abraçar as duas oportunidades ao mesmo tempo e não se dar bem em nenhuma delas.
Conclusão
A maior parte das variáveis às quais você está exposto diariamente estão fora do seu controle, mas as poucas que estão poderiam ser protegidas como se fossem um tesouro, pois em um futuro muitas vezes nem tão distante, invariavelmente você colherá os frutos das escolhas que fez com as variáveis que estavam habilitadas à edição exclusiva por você.
Através de escolhas conscientes e coerentes com sua própria personalidade, quem sabe em um futuro breve as primeiras linhas desse post sejam uma realidade em sua vida, caso ainda não seja, pois para a sua própria alegria, você estará exatamente onde deveria estar.
É isso o que tenho colocado em prática em minha vida. Com erros e acertos, acho que lentamente estou conseguindo algum progresso.
Crédito das imagens: Pixabay
A vida é feita de escolhas, de opções. Por vezes agradam a nós mesmos, outras não…
Uma boa semana.
Beijo.
😉
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Bom dia de paz, querida amiga Rosane!
Parece uma síntese dos exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola.
É o que aprendi com ele em 1996 e tenho procurado por em prática.
A propósito, estou justamente neste discernimento, que não é tão fácil como parece, pois quando crescemos espiritualmente, não nos vem opção café ou café com leite… vem chocolate ou o amargo, por exemplo… optar entre dois caminhos muito bons é sempre muito difícil…
Deus nos capacita!
Que excelente postagem, como já nos habituou!
Muito obrigada e estou exatamente onde devo estar…🙏🙏🙏
Tenha dias felizes e abençoados por Deus!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
😘😘😘
Olá Rosana! Excelente texto!
Gosto de pensar que os efeitos de cada decisão que tomamos, por pequenos que sejam no momento, se tornam enormes no futuro. Como sou engenheiro, tenho essa ideia exemplificada na cabeça e já desenhei para muitas pessoas. Foi de algum livro que li no passado.
O desenho consiste de uma reta inclinada no eixo (x,y), onde a horizontal representa o tempo e a vertical, qualquer resultado que deseja alcançar. Se nos estágios iniciais da linha temporal eu mudar aumentar o ângulo, por menor que seja (digamos, 0,01 grau), nessa reta, ela vai ao longo da linha do tempo deslocar-se da reta original produzindo um resultado muito melhor.
É novamente a ideia de pensarmos no longo prazo para termos as boas colheitas, e não somente atermo-nos às satisfações de curto prazo.
Grande abraço!
Rui,
Por isso considero o autoconhecimento muito importante. Se 90% do que nos acontece não está sob o controle, que tenhamos sabedoria para lidar de forma adequada com os 10% que estão.
Roselia,
"Parece uma síntese dos exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola."
Eu não conheço a obra de Santo Inácio de Loyola, mas foi bom saber que meu post te lembrou dos exercícios espirituais por ele desenvolvidos. Nunca imaginei que meus posts fossem tão profundos assim.
Não é fácil mesmo escolher entre dois bons caminhos. Como saber qual trará resultados melhores? Não sabemos. Por isso, o autoconhecimento é muito importante. E para quem acredita, a orientação divina também. Talvez seja até a mais importante, mas por não ser o objetivo do blog, preferi não desenvolver esse tema. A comunhão com Deus e as orações são muito importantes – é o que penso.
Bom saber que gosta dos meus posts. Seu comentário é um grande incentivo para mim!
André,
"Os efeitos de cada decisão que tomamos, por pequenos que sejam no momento, se tornam enormes no futuro."
Sua frase ficou perfeita. Diante isso, precisamos prestar muito mais atenção em nossas ações e decisões.
Gostei do exemplo do gráfico. Já pensou em fazer um post sobre isso? Acho que ficaria muito bom, já que possui uma visão bem definida e única sobre o assunto.
Bem por aí, sou um fruto de muitas de minhas escolhas covardes. Mas aguentei as dores, agora estou correndo atrás para pelo menos não perder por completo minha sanidade mental. Um abraço!
Paul,
Escolhas covardes ou escolhas nas quais o medo estava muito presente?
Ao menos você tem consciência de que o caminho não foi o esperado, pois muitas pessoas passam a vida sem ter essa consciência e/ou a vontade de "consertar" o que acreditam ter dado errado.
Um bom final de semana
Muito bom seu post desta inquietante pergunta amiga.
E o desenvolvimento vai nos inserindo em nossas escolhas e o que elas fizeram de nós, e o quanto mudamos ou não depois delas, pois muitas vezes nos apequenamos diante os resultados negativos de nossas escolhas Principalmente quando pensamos que não foi escolha e sim uma indução um aceita ou morre. Viver é mesmo este equilibrar-se entre as escolhas que se apresentam cotidianamente. Equilibrio é a chave amiga.
Meu abraço com carinho.
Toninho,
O que nossas escolhas fizeram de nós: gostei da maneira como colocou. Querendo ou não, tendo consciência ou não, nossa mente e estilo de vida são totalmente afetados por nossas escolhas – para o bem ou para o mal. Que tenhamos sabedoria para escolher bem. Com equilíbrio, como você disse.
Boa semana,
Confesso, que não sei dizer, se estou no lugar onde deveria estar… mas certamente sei dizer, que estou no lugar, que se proporcionou a estar… e tal aceitação… basta-me, para não me focar nas insatisfações, que poderia vir a descobrir… se achasse que estaria… onde não devo… 🙂
Beijinho
Ana
Ana,
Penso que a insatisfação é ruim quando não deixa que nossa mente procure opções de melhoria, porém quando nos ajuda a melhorar é – ou pode ser – uma boa professora.
Boa semana!