Você já se arrependeu de algo que falou?
Se pudesse, gostaria de voltar no tempo aqueles 10 ou 20 segundos e pegar suas palavras de volta?
Quantas vezes em momentos de descontração, você acabou falando coisas muito íntimas e se arrepende disso até hoje?
Quantas vezes você foi cruelmente sincero com uma pessoa querida e acabou magoando-a sem necessidade?
Você já falou mais do que deveria sobre si mesmo e por isso acabou perdendo uma boa oportunidade de emprego?
Quem muito se expõe acaba mais se prejudicando do que alcançando algum benefício. Exceto se a exposição for no sentido de encontrar pessoas com interesses semelhantes para iniciarem juntas algum projeto.
Porém, no dia-a-dia, expor-se demais pode causar grandes arrependimentos. Ou ou até destruir amizades.
Como agir então?
Atualizado em 10/06/21: no post original, errei uma das peneiras e também a sequência.
Coloquei necessidade e utilidade e esqueci de colocar a peneira da bondade. Abaixo está essa parte do texto com as devidas correções.
Primeiro, reflita sobre a verdade do que pretende dizer.
Se não for verdade, por que falar?
Por que alimentar a sinistra corrente de notícias falsas e boatos?
Sendo aprovado no quesito verdade, pense agora sobre a bondade do que pretende dizer.
É algo que vai deixar a pessoa mais feliz, mais animada? Ou mais triste?
É algo que poderá auxiliar na elaboração de novas ideias?
Se for para falar de tragédias do cotidiano, fatos doloridos do passado ou fofocas, sabendo que essas não são conversas enriquecedoras ou motivadoras, por que falar?
Por que prejudicar o estado de ânimo do outro?
Por que arruinar o dia do outro com conversas desnecessárias, sem utilidade ou desanimadoras?
Se passar no quesito bondade, pense então na utilidade de suas palavras.
O que pretende falar é algo útil à pessoa?
É uma informação que poderá ser aproveitada ou é algo que não faz parte da realidade do seu ouvinte?
Se suas palavras não passaram pelo crivo das três peneiras, por que falar?
Pensando no lado oposto, será que você gostaria que alguém te falasse algo desnecessário, que somente perturbasse a sua paz e o seu dia?
Pense mais antes de falar
Muitas vezes, quando você percebe, já disse o que não deveria.
Para que isso não ocorra, procure estar consciente do que e por que está falando algo.
Preste atenção nas palavras do seu interlocutor.
Procure não elaborar a resposta enquanto ele ainda está falando. Não é possível prestar atenção ao diálogo exterior e interior ao mesmo tempo – ambos ficarão incompletos.
Ouça o que o outro está falando.
Não interrompa suas ideias.
E fale somente quando chegar a sua vez.
Assim, a comunicação será mais clara e até mais assertiva.
Com a consciência das palavras ditas e com as pausas necessárias na dinâmica do diálogo, muitas coisas bobas ou íntimas demais não serão faladas.
A mente consciente consegue ponderar e filtrar melhor o que deve – ou não – ser dito quando há um estado de calma, equilíbrio e atenção.
Pensar antes de falar é algo muito importante, mas tão esquecido!
Por isso, pense antes de falar.
Assim, você poderá evitar muitos aborrecimentos e arrependimentos.
Créditos das imagens: OpenClipart-Vectors e Geralt – Pixabay
Importantíssima mensagem e recado aqui… Todos assim devemos fazer ..è bem melhor pra nós, aos outros e à vida! beijos, linda semana,chica
Exatamente, chica!
Boa semana,
Olá Rosana, bom dia
Concordo com você. Temos de refletir/ouvir muito bem antes de falar, esse é motivo de temos duas orelhas e apenas uma boca. 😀
Eu adoto duas estratégias nas minhas conversas:
1 – Para assuntos polêmicos e que não possuo tanto conhecimento, gosto de me posicionar depois de 48 horas, pois dá tempo de ler mais fontes, ouvir podcasts e avaliar o contraditório. Não gosto de falar no calor do momento;
2 – Assuntos do dia-a-dia e de menor impacto, adoto a estratégia de 10 segundos, pois dá tempo de oxigenar o cérebro, avaliara a situação, colocar nas peneiras e depois se expor.
Somos tentados a nos posicionar o tempo todo, mas raramente somos educados para a moderação. Um caso interessante que ocorreu essa semana foi:
Minha sogra me “orientou” a comprar um carro. Apesar de saber dirigir, eu não gosto de dirigir, além de ter um carro vai boicotar o plano FIRE, então eu comentei que comprarei quando eu voltar para Minas Gerais. E ela comentou: Então vai demorar muito. Eu confesso que fiquei chateado com o comentário dela, mas respirei fundo e disse apenas: Ore todo dia para que possamos retornar o quanto antes para a proximidade da família. E ela falou sorriu e disse que vai orar todo dia para isso se realizar.
Um forte abraço,
Voando Abaixo do Radar,
Gostei das suas estratégias.
Melhor entender melhor sobre o tema do que falar algo que não deveria. Podemos acabar falando alguma frase impactante negativa e que ficará na memória de todos por muito tempo. Ou para sempre.
Os 10 segundos são excelentes para não falarmos demais. Respirar fundo, pensar melhor, silenciar a mente.
“Somos tentados a nos posicionar o tempo todo, mas raramente somos educados para a moderação.”
Sua frase ficou perfeita!
Ao fazer isso, quase sempre chegamos a conclusão de que o que iriamos falar ou era irrelevante ou não tão importante ou uma faísca que poderia causar grandes estragos.
Gostei do seu exemplo. Apesar de ter ficado chateado (com razão), sua reação e resposta criaram um clima de tranquilidade, harmonia e paz. Parabéns!
Abraços,
Importantes palavras, Rosana!
Além de saber ouvir e o momento correto de falar, uma das coisas com que mais me deparo é a falta de clareza. Se as pessoas fossem claras, tudo ficaria mais fácil. É um dos princípios do Jordan Peterson em seu livro.
Um ditado muito batido mas muito importante é aquele “não temos dois ouvidos e uma boca por acaso”.
Abraços!
André,
Clareza é tão importante, mas tão pouco utilizada! Além disso, é uma excelente ideia para um futuro post.
Gostei do ditado. Eu já o conhecia, mas é sempre bom relembrar.
Abraços,
Muito bom recado, como sempre. Particularmente, já notei que tendo a falar sem pensar quando estou especialmente feliz; a “verdade via euforia” é comum sob efeito de alguma substância exógena (ex: álcool), mas o encontro com um velho amigo ou um novo relacionamento (amizade/atração imediata) também trazem esse efeito a mim.
Gostei muito das três peneiras: necessidade, utilidade e bondade. Tentarei assimilá-las.
Abraço
Aposente Cedo,
Esse negócio da euforia é interessante. Por que será que agimos assim?
Quando vemos, já falamos o que não deveríamos…
E muitas vezes, na hora nos arrependemos. E então vai-se embora boa parte da euforia e da alegria. E incomoda saber que o outro provavelmente não esquecerá de nossas palavras.
De qualquer forma, serve de lição. E com o tempo, acabamos prestando mais atenção nisso.
Bom saber que gostou das três peneiras! É algo que eu procuro colocar em prática, embora muitas vezes quando vi, já falei também. rsrsrs
Mas vamos aprendendo, não é?
Abraços,
Olá Rosana!
Um bom domingo para você.
Saber calar, falar é uma arte que merece de nós toda atenção.
Falar o que e para que e para quem, nesta sequencia bem elaborada dificilmente haverá falha na transmissão.
Palavras e mais palavras são proferidas sem nenhum critério e elas ferem, desagregam e matam.
Cuide de peneirar o que lhe sai da boa, pois não é bumerangue.
Bela reflexão e estimulo ao fazer o certo.
Carinhoso abraço amiga.
Toninho,
Precisamos ter muito critério sobre o que falamos, pois como você disse: palavras ferem, desagregam e até matam. Mas não precisa ser assim.
Ainda mais com tudo o que estamos vivendo há mais de um ano, falar palavras edificantes e motivadoras é essencial tanto para quem fala como para quem ouve.
Muitas vezes o que dizemos tornar-se irreparável. Por isso, muitas vezes, ficar em silêncio é a melhor e mais sábia atitude.
Abraços,
Olá Rosana
Ótima postagem, como é importante pensar antes de falar, evita muitos prejuízos. Obrigada pelo comentário no meu blog, gostei muito e pesquisei sobre Geraldo Rufino, a vida dele foi um exemplo de determinação e garra. Bjs querida.
Lucinalva,
E como evita prejuízos o hábito de pensar antes de falar!
Bom saber que gostou da história do Geraldo Rufino. Considero seu modo de ver as circunstâncias negativas como um grande exemplo para todos nós.
Boa semana!
Sensacional essa tríade da peneira: necessidade, utilidade e bondade.
Vou passar a assimilá-la também!
Abraços!
Bom saber que gostou, Guilherme! 🙂
Sim, assim é.
Temos de pensar antes de falar, pois depois de falarmos não podemos engolir o que foi dito.
Interessante este texto.
Tenha uma semana abençoada com muita tranquilidade e saúde.
O resto vem por acréscimo.
Beijinhos
🙂
Piedade Sol,
Depois de falado, muitas vezes o estrago já está feito.
Gostei da sua frase final. Tranquilidade e saúde: o resto vem por acréscimo.
Uma ótima semana para você também!
Gostei imenso do post! Costumo ser bem contida e ponderada… pelo que normalmente, só me costumo arrepender de algo que tenha ficado por dizer… porque por norma, tudo o que digo, tem alguma razão de ser… e sempre com base em informação de fontes fidedignas, quando temas bem recentes são abordados… mas por norma… gosto bem mais de ouvir os outros…
Por norma não me acho contundente, mas assertiva!… Gosto de falar muito pouco, para dizer o essencial… a vida tem-me ensinado, que a grande maioria das pessoas nunca ouve o que se lhes diz… pois na sua bagagem, só costuma haver espaço para as suas próprias certezas… precisando de aprender por si mesmas… para que as suas certezas… sejam substituídas por outras… o que me leva a pensar que , como elementos de uma sociedade em constante mudança, como pode haver pessoas, com tão firmes certezas… quase não deixando espaço sequer para a dúvida… que é sempre o portal dos novos conhecimentos…
Enfim! Um mundo tão mal resolvido, é composto por uma grande maioria de pessoas bem resolvidas… falando sem pensar, mas assumindo-se como donas da razão… é para se ter medo, mesmo!… :-))
Adorei o seu post, que me deixou por aqui divagando, uma vez mais, sobre a temática!…
Beijinhos
Ana
Ana,
Gostei muito do seu comentário.
Muitas vezes, insistir nas próprias certezas sem abrir espaço para novos conhecimentos é apenas adiar novos aprendizados, ou seja, adiar o progresso na vida. E se pensarmos de uma forma ampla, quanto tempo perdemos com essas “certezas”?
Chega um momento na vida que percebemos que simplesmente não sabemos tanto quanto gostaríamos, que a vida é imprevisível e que precisamos aprender a lidar com isso da melhor forma possível.
Precisamos aprender a aceitar as mudanças e que muitas vezes estávamos errados. Isso sim é sinal de maturidade, humildade e sabedoria.
“Enfim! Um mundo tão mal resolvido, é composto por uma grande maioria de pessoas bem resolvidas… falando sem pensar, mas assumindo-se como donas da razão… é para se ter medo, mesmo!… :-))”
Para você ver como a humanidade precisa aprender a dizer não, a assumir seus erros. E a entender que as coisas mudam. Nós mudamos.
Precisamos entender que insistir em nossas verdades pessoais só torna as coisas piores, até porque de uma maneira ou de outra, tudo o que fazemos acaba afetando outras pessoas também. E por mais incrível que pareça, muitos passam a vida toda sem ter consciência dessa realidade tão óbvia.
Abraços,