Calma – Parte II – Digitando com calma

Esse texto é uma continuação do post A calma faz parte da sua vida?

No final, eu disse que iria tentar digitar com calma, mas que esse seria um assunto para um outro post.

palavra impossível com o im sendo retirada por uma pessoa empurrando, ficando apenas a palavra possível

Eu consegui!

Dessa vez, eu decidi que iria digitar com calma.

Ao contrário do que pensei que iria ocorrer, minha mente não criou nenhuma dificuldade em tentar algo novo. Talvez, na realidade, ela esteja saturada dos excessos com os quais a maioria de nós é obrigada a lidar no dia-a-dia.

Na verdade, minha mente até facilitou e tornou mais agradável a tarefa ao me dar a ideia de usar uma fonte mais descontraída do Microsoft Word.

Eu gosto da Comic Sans. E foi essa que escolhi. Tamanho 11: nem muito grande, nem muito pequena.

Desde o início da digitação, o meu foco foi digitar devagar, prestando atenção em cada letra, sentindo os dedos tocarem no teclado.

Dessa vez, procurei não fazer nada de forma automática. Tudo foi feito de maneira bem consciente.

 

Quanto tempo demorei?

45 minutos para 3 páginas.

“Que exagero!” – você deve estar pensando.

Não discordo de você, pois demorei mesmo. Mas na realidade, eu queria testar qual seria o resultado.

Durante a digitação, eu estava 100% presente.

E me senti bem.

Arrisco até a dizer que estive em estado de flow, que ocorre quando você está tão concentrado em algo que nem percebe o tempo passar.

E depois que terminei, continuei a me sentir bem.

Sei que desacelerar é importante, mas nunca imaginei que teria um efeito tão positivo e benéfico para mim. Ainda mais por ser através de uma atividade tão simples.

Eu gostei tanto da experiência, que usei a digitação lenta para os próximos dois textos. No quarto texto, eu não consegui seguir a mesma dinâmica por causa de outros afazeres.

Eu quero que esse tipo de digitação mais lenta para as postagens do Simplicidade e Harmonia se tornem algo habitual para mim.

 

Por que perder tempo com isso?

Talvez você esteja se fazendo essa pergunta.

Principalmente, se você pensar que existem tantas coisas mais interessantes ou mais importantes a fazer.

Eu não vou tirar sua razão, pois você está certo. E eu também estou.

Na verdade, cada um se identifica mais com uma maneira de fazer as coisas.

O que percebi é que o bem-estar e a leveza que alcancei valeram a pena.

Se eu tivesse digitado rápido, teria terminado mais rápido, mas teria também me irritado em alguns momentos.

A tarefa se tornaria cansativa e eu não sentiria o bem-estar que senti ao digitar e ao terminar o meu texto.

Além disso, o que será que eu faria com o tempo disponível? É bem provável que não seria nada que me proporcionasse o mesmo nível de bem-estar.

 

Voltando para avançar

Às vezes é preciso dar alguns passos para trás para então avançar com mais firmeza e certeza.

A sobrecarga mental atual é imensa. E ninguém sabe ao certo o que isso vai causar mais para frente.

Os sentidos são super estimulados. O cérebro é super estimulado. Mas não estão preparados para isso.

Nós não estamos preparados para isso.

 

Priorize o que é importante para você

Nem tudo o que você recebe precisa ser visualizado ou respondido.

Seja mais seletivo e procure ter uma consciência mais crítica em relação ao que realmente merece a sua atenção.

A maior parte das coisas que merecem a sua atenção tem uma relação direta com quem você é, com seus valores, virtudes e objetivos.

Com o tempo você acaba se identificando com coisas que não fazia ideia que te fariam tão bem.

Foi o que aconteceu comigo na escrita e na digitação desses textos.

Aliás, eu tinha um outro arquivo do Microsoft Word com alguns textos escritos para o blog. Foram digitados com pressa. E os erros de digitação também foram corrigidos com pressa.

Quando fiz a revisão, antes de publicar, ainda encontrei alguns erros de digitação.

Digitar com pressa não me proporcionou bem-estar. E ainda tive que gastar tempo com as correções.

 

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A lição que tirei disso tudo

Eu gostei de escrever e de digitar com calma.

Era algo que eu desconhecia sobre mim mesma – talvez por viver na sociedade da pressa, na qual tem valor quem faz mais e mais e mais.

Porém, a vida não é um jogo no qual é vencedor quem faz mais, quem acumula mais brinquedos, mais posses, mais riquezas, mais status.

No jogo da vida, é vencedor todo aquele que aprendeu a viver melhor.

 

Créditos das imagens: Pixabay

 

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