Divertidamente – sugestão de filme #2

Hoje eu gostaria de sugerir a animação Divertidamente.

capa-do-filme-divertidamente

 

De forma descontraída, o filme aborda alguns dos sentimentos mais importantes que possuímos: alegria, tristeza, medo, raiva e nojo.

Além disso, mostra também a importância de nossas memórias, pois em tempos ruins são elas que nos proporcionam um certo suporte emocional ou tornam as coisas piores, sempre levando em consideração que os acontecimentos da infância foram fundamentais para a construção de nossa personalidade e maneira de ser.

Pensando na primeira infância (até os 7 anos)

Gostaria de iniciar com algumas questões para reflexão:

Nessa época da vida, você se sentiu amado? Ou nem tanto?


Foi elogiado? Ou foi criticado?


Foi valorizado? Ou sentia-se sem valor algum?


De forma consciente ou não, hoje você é o que é por fatores como os citados acima.


Se você reparar nos sentimentos que são os personagens do filme, é bem provável que se lembre de pessoas do seu círculo familiar e de amizades que são bem parecidas com elas, como pessoas mais otimistas, pessimistas, explosivas e cautelosas.

E é bem provável que se identifique com alguma dessas características de forma mais intensa. Para saber um pouquinho mais sobre personalidades, recomendo a leitura do post Psicopatas do cotidiano (Katia Mecler) – Resenha.

Há algum tempo fiz um post sobre a importância da tristeza em nossa vida baseado nesse filme.

De todos, talvez esse seja o sentimento mais indesejado, mas talvez o mais importante para o equilíbrio interior entre o certo e o errado, entre a busca pelo propósito pessoal ou fazer o que todos fazem, estar na moda, etc. Querendo ou não, sempre sentimos e sabemos quando há algo errado em nossa vida.

Desinteresse crescente

Dependendo do momento de vida e de fatores como estresse, ansiedade, depressão e cobranças externas/internas, parece que algumas áreas de interesse que eram tão importantes já não fazem mais sentido e acabam morrendo dentro de nós, pois a carga se tornou pesada demais.

Não me refiro aqui a mudanças de gostos, que é normal e muito saudável para o desenvolvimento pessoal, mas às mudanças que ocorrem pelos fatores citados acima, que tiram de forma moderada ou intensa o brilho – ao menos mínimo – que a vida deveria ter. Por isso, é muito importante encontrar algo que resgate ao menos um pouco do ânimo e da alegria de viver.

A construção da personalidade nos primeiros anos de vida é algo muito sério, pois é a base para a vida. Mas é negligenciada com frequência.
Por isso, acredito que essa animação possa dar alguns “insights” sobre a importância do tema.

 

Fonte da imagem: Saraiva


14 thoughts on “Divertidamente – sugestão de filme #2”

  1. Bom Dia, querida amiga Rosana!
    Tenho para mim o pensar e sentir de que as cobranças que tive na infância modelaram minha tristeza , mas tive um privilégio de receber um sorriso no rosto que me inebria o 💙 e lava a alma…
    Tudo fica para trás ante esse sorriso de autoestima que recebi como Dom.
    Tenha dias felizes e abençoados por Deus!
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
    🙏😘💐

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  2. Roselia,

    Seu comentário mostra bem como as cobranças excessivas tiram o brilho das coisas.
    Pior ainda na infância, quando nossa mente e corpo estão em formação. Ainda bem que conseguiu superar bem tudo isso, pois muitos não conseguem.

    Boa semana,

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  3. Roselia,

    Deve ter sido uma experiência muito boa para os seus netos!
    São de momentos assim que eles se lembrarão quando adultos.
    São de momentos assim, de experiências agradáveis com pais, avós e amigos que nos lembramos com carinho.
    Momentos assim mostram bem que não precisamos de muito para que a felicidade faça parte de nossa vida.
    São momentos assim que fazem a vida valer a pena.

    Boa semana!

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  4. Oi Rosana!

    Interessante sua sugestão. Eu vi o filme esse ano também, pela leitura do último livro de Harari (21 lições para o século XXI).

    Ele apregoa que o filme é um filme diferenciado da Disney. Acostumada a recriar histórias de mitos do passado (construções muitas vezes citadas por Jordan Peterson), Divertidamente inverte essa condição. Riley não possui um "eu" autêntico (como os heróis) e é apenas um fantoche manejada por um conjunto de mecanismos bioquímicos.

    Não há uma alma, não há uma construção histórica, não há um objetivo de vida, ou mesmo um livre-arbítrio como os personagens tradicionais de outros filmes. Mesmo que imaginássemos, no começo, que a personagem "Alegria" deveria ser "a" essência de Riley, como ela mesmo achava, vemos no final que essa identificação quase levou a um final infeliz, visto que Alegria percebeu seu erro onde intimidava os demais e chega à conclusão que Riley é muito mais complexa do que ela mesmo achava.

    O que você colocou sobre a tristeza mostra bem isso, que ela pode ter importância crucial na formação de nossa personalidade e maturidade nos sentimentos. Hoje temos uma "guerra" com a tristeza em curso, com todos tentando mostrar a todos como "são" felizes. Bom, redes sociais aceitam tudo, né?…

    Abraço e boa semana!

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  5. Oi amiga, não vi o filme em questão e achei interessante a base dele nestes sentimentos. Claro que a vida que se levou na fase de infância vai nos acompanhar para o resto da vida e sempre vamos olha no retrovisor e repassar nosso passado com todas as emoções.
    Uma bela reflexão e boas dicas de leituras para aprofundar nesta questão.
    Mas a tristeza é um marca terrível.
    Meu abraço amiga

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  6. André,

    Gostei do seu comentário, agregou muito valor ao meu post.

    Eu também acho que é um filme muito diferenciado, pois trabalhar os sentimentos-base da personalidade e suas consequências de forma compreensível e agradável para o público-alvo (crianças) não é uma tarefa fácil.

    Todos os sentimentos são importantes e têm o seu momento na vida. Sem eles não haveria desenvolvimento da personalidade.

    Ninguém gosta de momentos ruins, mas como eu disse no post Quando a tristeza é necessária, momentos tristes são importantes, embora desagradáveis.

    Um bom final de semana!

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  7. Toninho,

    Vale a pena ver esse filme tão singular e único.

    Os eventos da infância, os elogios ou as críticas recebidos nessa época são cruciais para o desenvolvimento sadio – ou não – da personalidade. Não é por acaso que há muita ansiedade, depressão, sentimento de inferioridade e de superioridade na sociedade.

    Sem dúvida a tristeza deixa marcas terríveis, mas necessárias para o amadurecimento sadio da personalidade. Não sei se viu o post Quando a tristeza é necessária. Me inspirei nesse filme para escrevê-lo.

    Um bom final de semana!

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  8. Uma temática bem interessante!
    Vou tentar descobrir esse filme por estes lados!…
    Saber suportar a tristeza… e lidar com ela… deve ser algo tão natural e essencial como suportar a alegria…
    Esconde-se a tristeza… o que nos acaba por lançar num espiral negativo, quando não a trazemos bem resolvida, dentro de nós…
    Beijinho
    Ana

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  9. Ana,

    Esconder a tristeza é uma das piores coisas que podemos fazer contra nós mesmos, pois tristeza mal resolvida não some, mas fica no inconsciente e pode vir à tona em outros momentos desagradáveis. E de repente o que há são vários momentos de tristezas não resolvidas a atrapalhar a vida.

    Boa semana!

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