Desde que foi criado, o mundo dos games sempre passou por grandes e significativas mudanças.
Mesmo quem não está familiarizado com o tema percebe rapidamente que há uma grande diferença entre os primeiros jogos e os atuais.
A questão dos gráficos
A evolução da resolução é muito clara e positiva.
Detalhes antes inimagináveis hoje são realidade.
Um exemplo são as sombras, que se nos primórdios eram inexistentes, passaram a ser um círculo mais escuro embaixo dos personagens até chegaram ao modelo atual que é bem parecido com a realidade.
Com a maior capacidade de processamento dos consoles atuais, foi possível criar imagens mais detalhadas, com cores mais suaves e com mais pixels, o que torna os jogos mais agradáveis visualmente.
Considerando que o público do mundo dos games é muito grande, que esse é um mercado em expansão e que a grande evolução gráfica dos jogos era um dos maiores anseios de quem jogou em consoles de 8, 16 ou 32 bits, o que aconteceu com a diversão em si?
32 bits
Um dos primeiros consoles a não mais utilizar o sistema de cartucho de jogos foi o Playstation 1 – atual PSOne.
Além disso, nele havia também um acessório maravilhoso, o memory card. Com ele era possível salvar os jogos por partes.
Não havia mais a necessidade de correr para zerar o jogo em uma só vez ou ficar anotando passwords. Que evolução!
Os gráficos ficaram muito melhores e os jogos maiores, com enredos mais elaborados.
Dessa época eu gostaria de citar 6 séries de jogos que gostei muito. Todas proporcionaram muitos momentos de diversão para milhares de pessoas ao redor do mundo. São elas:
– Tony Hawk
– Need For Speed
– Gran Turismo
– Pitfall (fez muito sucesso no Atari, mas a versão para o PSOne foi bem menos conhecida)
– Driver (com um pouco de adrenalina)
– Resident Evil (com grande quantidade de adrenalina)
Apesar dos gráficos não serem tão reais quanto se almejava, a diversão era certa.
Driver foi um dos primeiros jogos de automóveis – ou o primeiro – no qual havia a possibilidade de percorrer livremente as ruas sem a obrigação de seguir por um circuito determinado – que ideia genial!
128 bits
O console mais vendido de todos os tempos dispensa apresentações e comentários.
O Playstation 2 marcou gerações e possui uma variedade incrível de jogos para todos os gostos.
Lançado em 4 de março de 2000 no Japão, ou seja, prestes a completar 20 anos, foi o primeiro console no qual havia a possibilidade de instalar um hd – algo que deu tão certo que os próximos consoles seguiram a mesma linha – exceto as linhas slim.
Dessa fase eu gostaria de citar algumas séries comentando brevemente minha opinião sobre cada uma delas.
Resident Evil – o jogo Veronika Code seguiu o estilo dos jogos anteriores, mas com gráfico muito melhor. Considero o melhor jogo da série, enquanto Resident Evil 4 saiu um pouco do propósito original.
Driver – apesar do personagem sair do automóvel – opção indisponível nas versões anteriores – e do gráfico um pouco melhor, o jogo era mais monótono, não era empolgante.
GTA – um dos maiores sucessos para o Playstation 2, acabou preenchendo a lacuna deixada pelo Driver. Quase tudo o que havia nos outros jogos, havia nessa série, desde corridas a objetivos mais violentos. Infelizmente assim como no cinema, os games também têm muita violência explícita e desnecessária. Tanto que no início do jogo há uma advertência de que esse jogo é recomendado somente para maiores de 18 anos.
Como eu não gostava das missões principais, jogava em conjunto com meu irmão: ele fazia essa parte e eu ficava com as missões secundárias. Foi uma das séries que mais joguei.
Burnout – depois que conheci esse jogo, as séries Need For Speed e Gran Turismo perderam um pouco o brilho. Burnout era mais dinâmico e os gráficos muito bons.
Tony Hawk – o que era bom ficou melhor ainda no Tony Hawk 4! Um jogo divertido, animado, dinâmico e agora com gráficos melhores. Está entre os que mais joguei.
Guitar Hero – uma série com uma proposta bem diferente. Antes de jogar, eu pensei que seria algo muito chato, pois o jogo se resume a apertar os botões quando as bolinhas chegam em um determinado ponto da tela. Não há praticamente nada além disso nesse jogo.
Me enganei totalmente, pois quando comecei a jogar, logo me interessei pelo jogo. Tanto que está entre os 3 que mais joguei, junto com GTA e Tony Hawk.
Sétima geração
A partir dessa geração de consoles, a qualidade gráfica melhorou de forma significativa.
A realidade de alguns jogos chega a ser impressionante devido a riqueza de detalhes e resolução de imagens cada vez maior.
Além disso há acessórios como o Kinect (XBox 360) e o controle Xinaxis (PS3). Algo inimaginável na época dos primeiros consoles.
A qualidade gráfica, a melhor jogabilidade e a suavização de cores em jogos como Sonic Generations tornou tais jogos mais agradáveis e divertidos.
O mesmo aconteceu com as séries Guitar Hero e Rock Band – nesse estilo de jogo, a resolução gráfica maior tornou o jogo menos cansativo para os olhos.
Inicialmente eu não gostei da impossibilidade de poder jogar com o controle normal, por isso minha opção para esse jogo ainda era no PS2, mas então surgiu uma oportunidade há alguns meses para eu comprar o kit completo (guitarra, bateria e um jogo) de um conhecido. Só então eu entendi o quanto era melhor jogar com os acessórios.
Gostei tanto que acabei comprando outros jogos dessas duas séries. E tornaram-se os meus preferidos também no PS3.
Um jogo que merece destaque é o GTA 5. Foram mais de 118 milhões de cópias vendidas!
Com ele eu volto ao título do post: a resolução melhorou muito em comparação aos anteriores da série, porém o nível de diversão não acompanhou essa evolução na mesma proporção. Mesmo assim, o considero um dos melhores jogos do PS3.
Há também dois jogos que considero muito bons para desacelerar e diminuir o estresse: Flower e Storm. Fiquei surpresa quando os encontrei na Playstation Store, pois são duas opções muito diferentes do que estamos acostumados quando pensamos em games.
Se você conhecer jogos parecidos (exceto Flow e Journey) que achou legais, compartilhe nos comentários abaixo para eu também procurá-los.
O Driver 3 superou minhas expectativas, após não ter sido tão bem sucedido no PS2.
O oposto ocorreu com Tony Hawk 5: a resolução gráfica é muito boa, porém alguns cenários, missões e a própria jogabilidade suprimiram grande parte da diversão do jogo.
No momento estou jogando Skate 3, mas é uma pena que com ele o título do post também combine um pouco para mim, talvez por eu estar mais acostumada com o modo de jogar da série Tony Hawk.
Jogos de terror e de guerra tornaram-se tão reais…
Considero esse um tipo de realidade virtual que incomoda. Alguns chegam a ser perturbadores.
Se o objetivo seria proporcionar algum tipo de diversão, há jogos que parecem passar muito longe disso. Entendo que diversão deveria ser algo mais agradável e não estressante – opinião pessoal.
Conclusão
O grande desenvolvimento tecnológico dos consoles proporcionou a possibilidade de criação de cenários incríveis e ricos em detalhes.
A questão é que em muitos jogos, o nível de diversão não acompanhou tal avanço, tornando os jogos mais monótonos. E menos agradáveis. É como se faltasse algo.
Em muitos jogos dos consoles anteriores como os citados nesse post faltava resolução gráfica, mas a diversão estava praticamente garantida.
Talvez no futuro a união entre excelente resolução gráfica e diversão torne-se mais comum.
Li há alguns meses que o PS5 será lançado no ano que vem. Quem sabe se com esse novo console essa união não se torne mais próxima da realidade?
Por enquanto eu parei no PS3. Por enquanto….
Encerro esse post com um vídeo do Kids React sobre a série Tony Hawk. Pelas reações das crianças, dá para entender por que esse jogo fez – e ainda faz – tanto sucesso.
E você? O que acha dos consoles e games atuais?
Crédito da imagem: StockSnap – Pixabay
no futuro será tudo streaming
só precisará de internet para jogar e consoles serão para saudosistas
sou saudosista
"tornaram-se tão reais." pra mim, já se confunde com um filme ou realidade "real"
a industria de games está decadente na area de inovação
só melhoram jogos antigo mas não há novidade, criatividade
bom para as gerações mais novas que nem percebem isso
abs!
Tambem o tamanho desses jogos e o tempo de carga e reload enchem o saco ultimamente. Quake 3 recarregava em 1 segundo!
Oi Rosana!
Excelentes comentários sobre esse paradoxo dos games: o poder da computação gráfica parece crescer em proporção inversa da capacidade de os desenvolvedores criarem games que oferecem mais diversão.
Até li um artigo no Meio Bit sobre essa questão, mas não consegui achar o link para te repassar.
Talvez os desenvolvedores estejam numa espécie de "zona de conforto mental", achando que os usuários irão se contentar com gráficos melhores, sendo que o fim último dos videogames é proporcionar diversão.
Vamos acompanhar essa evolução nos próximos anos!
Abraços!
Não sou um especialista em games, jogava quando criança, depois de adulto jogo vez ou outra apenas games de futebol, o resto conheço apenas de ouvir falar.
Mas acho que a principal mudança mesmo foi o público alvo, até os anos 90, games tinham como público crianças e adolescentes, no início inclusive adulto jogando video game era considerado um crianção.
Como o passar do tempo a indústria passou a cada vez mais investir em jogos "adultos" e a apartir daí a indústria dos games explodiu em popularidade.
E se focou em apenas alguns nichos de jogos que são bem aceitos.
Olá Rosana,
Interessante seu comentário.
Jogo bem pouco no computador e gosto muito do modelo da Steam que torna fácil e barato adquirir jogos.
O último jogo que joguei bastante e tinha um visual tosco era o Counter Strike na versão 1.5 e 1.6. Era diversão garantida. Hoje os gráficos estão bem melhores e a jogabilidade muito parecida. Não mudou tanto.
Minecraft hoje é uma exceção. Meu filho adora. O gráfico é tosco e as crianças se divertem montando os mundos.
Mortal Kombat e Street Fighter também mantiveram a diversão. Acho que os gráficos novos só aumentaram as possibilidades.
Enfim, não jogo muito para avaliar esses outros títulos.
Abçs!
Scant,
"a industria de games está decadente na area de inovação"
Infelizmente…
Eu também acho que em um tempo não tão distante os games também serão só por streaming.
Abraços,
Anônimo,
Loading… Há momentos em que desanima mesmo.
Agradeço pelo comentário. Espero que goste do conteúdo do meu blog.
Guilherme,
"sendo que o fim último dos videogames é proporcionar diversão."
Esse seria o ideal, porém como você disse, vamos aguardar a evolução.
Bom te ver por aqui!
Anônimo,
Bem lembrado: antes os games eram considerados "coisa de criança". Ainda bem que isso mudou. Uma pena que os nichos explorados para esse público ainda são poucos – e não tão divertidos como ocorre em outras áreas como cinema, na qual há títulos para todos os gostos.
Agradeço por seu comentário, espero que goste do conteúdo do meu blog.
Raphael,
"Minecraft hoje é uma exceção. Meu filho adora. O gráfico é tosco e as crianças se divertem montando os mundos."
Imagine esse jogo com gráficos melhores. Acho que seria mais divertido para as crianças.
Parece que há uma certa distância entre diversão e bons gráficos, com algumas exceções como as que citou – que não conheço, pois não gosto de jogos de luta.
Bom te ver por aqui!
Interessante informação.
😉
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Os jogos de antes parece que "viciavam mais", pelo menos é essa a impressão que me dá. Tipo esses que vc mencionou: TonY hawk, Resident Evil, Twisted Metal, Medal of Honor de PS1. Eles tinham mais essa vontade de jogar de novo, meso depois de ter zerado. De PS2 e 3 os gráficos melhoram muito mas realmente essa vontande jogar direto, me dá em não muitos jogos, Uncharted é incrivel, gostei muito! Apesar de não ter jogado o 4 ainda, parece ser muito bom também.
Os jogos irão passar por uma grande mudança quando passarem a serem construídos através de Blockchain. Eles irão ter muitos benefícios que hoje são impossíveis de serem acionados usando a tecnologia usada atualmente.
Um comentário não relacionada ao post: lembro que vc estava há um tempo atras (acho) investindo em criptos, vc ainda está nesse mercado?
Muito interessante.
Um abraço e bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Bom dia, Rosana
Postagem interessante. Feliz sábado. Bjs querida.
Oi, Rosana. Não entendo muito desse assunto, mas lembro que eu tinha um videogame simples quando criança e era bem divertido. Já meu marido tem um PS3 e dificilmente me interesso pelos jogos atuais. Não costumam me prender muito. Bjos
Sinto uma saudade danada de jogar super nintendo com os amigos de infância.
Na verdade, deve ser saudade dos amigos de infância e das brincadeiras.
O pior para mim dos jogos atuais é que só permitem o modo cooperativo online.
Para brincar com o meu filho vou precisar dos jogos antigos.
faz emulação
uma mi box resolve:
https://manorganizado.blogspot.com/2019/08/android-tv-mi-box-impressoes.html
Bom saber que gostou, Rui. 🙂
Boa semana!
Irmão Sangue,
Interessante o que disse sobre jogar várias vezes o mesmo jogo mesmo após tê-lo zerado. Fiz e ainda faço isso. Já os jogos mais novos, parece que ao zerar o interesse diminui bastante. Nunca joguei nenhum mais de uma vez do PS3.
Em relação as criptomoedas, desisti. Não sei se você viu o meu post:
Como eu transformei R$ 600,00 em R$ 23,00 – Simplicidade e Harmonia
Boa semana!
Bom saber que gostou, Francisco!
Boa semana,
Bom saber que gostou, Lucinalva!
Boa semana,
Marcella,
Eu também acho que os jogos antigos eram mais divertidos. No PS3, muitos jogos não são tão legais, não deixam a gente com vontade de jogar de novo – e muitas vezes nem termina-se o jogo…
Boa semana!
Ler e Poupar,
Interessante o que falou sobre o contexto da época: amigos e brincadeiras.
Sobre o modo online, uma pena que a maioria dos jogos segue essa tendência ao mesmo tempo que em as opções offline têm mais restrições.
Scant,
Jogos antigos são uma boa maneira de ter um pouco da diversão de volta.
Boa semana!
Um belo histórico dos games e consoles Rosana.
Imagina para quem começou com os ATARI da vida.
Hoje vejo Xbox com resolução fantástica e os movimentos são bem interessantes.
A questão das sombras, dos movimentos estão perfeitos, principalmente em jogos como o Soccer.
Bela postagem amiga e prossiga.
Abraços
Toninho,
A evolução entre Atari e XBox é realmente imensa em relação a parte gráfica. E como você disse, os movimentos estão perfeitos, sem atrasos ou falhas. Além da riqueza de detalhes que vemos em muitos jogos.
Bom saber que gostou do meu post!
Confesso que o mundo dos games, me passa totalmente ao lado, no momento!… Mas ainda me lembro de que adorava o Gran Turismo!
Um post muito interessante e detalhado sobre o tema!
Beijinhos
Ana
Ana,
Gran Turismo, boa lembrança!
Também joguei muito. Diversão garantida na época.
Um bom final de semana!