Há algumas semanas houve uma série de palestras no local onde eu trabalho, sendo a última em uma sexta-feira.
E como geralmente ocorre em eventos semelhantes, nesse dia houve um “coffe-break” especial, com direito a bolo – um de chocolate e um branco. Ambos com chantilly por cima.
Como eu já havia experimentado em outras ocasiões, sei que são muito bons os bolos feitos por esse colega de trabalho.
Cheguei um pouco atrasada para a palestra, de forma que haviam somente alguns lugares vagos na frente. Bem perto dos bolos.
Eu pensei: “Que bom eu ter encontrado esse lugar. Daqui a pouco vou experimentar o bolo de chocolate.”
Palavras têm muito poder
No momento em que cheguei, o palestrante falava sobre o grande crescimento das redes de fast-food no mundo.
O gráfico sempre crescente ilustrava a situação desde 1950 até os dias atuais. E era bem assustador, considerando o tema. Para você ter uma ideia, na finasfera seria o tipo de gráfico que é o sonho de todo investidor.
Então o palestrante começou a falar sobre o quanto nossos hábitos e estilo de vida mais sedentário são prejudiciais à saúde.
Não era nada muito diferente do que todos nós já sabemos: alimentação mais saudável, exercício físico e descanso adequado são essenciais para uma boa saúde – considerando que a pessoa seja saudável, sem problemas mais sérios.
Após ouvir esse trecho da palestra (algo em torno de 3 minutos), minha vontade de experimentar o bolo simplesmente foi embora.
Até eu me surpreendi, mas tais palavras me impactaram de tal forma que ao final da palestra eu saí muito satisfeita por ter perdido o interesse pelo bolo de chocolate.
Ignoramos o poder das palavras no dia-a-dia
Geralmente só palavras que causam um grande impacto emocional ou que fazem muito sentido de forma pessoal conseguem ser catalisadoras de mudanças – positivas ou negativas.
Na vida moderna, que geralmente é repleta de demandas, obrigações e distrações, parece que é crescente a necessidade de palavras mais impactantes para que alguma atitude seja tomada. Mas não precisava ser assim.
Podemos aprender muito com coisas que acreditamos ser insignificantes, pois na realidade somos nós que muitas vezes estamos distraídos no momento presente ou não temos interesse e disposição em dar mais atenção aos detalhes que poderiam ser muito úteis para o nosso próprio desenvolvimento pessoal.
Há também os hábitos, que muitas vezes nos direcionam em sentido oposto ao almejado.
Esse é um outro tema muito negligenciado. Uma pena isso ocorrer, pois hábitos e palavras têm muito poder – muito mais do que a maioria das pessoas imagina.
Diálogo interno
Apesar das palavras de outras pessoas serem capazes de causar grandes impactos em nós, acredito que o diálogo interno seja o principal.
Como disse Henry Ford: “Se você acredita que pode ou não, você tem razão.”
Não é fácil mudar crenças negativas (reais ou irreais), mas isso é essencial para que uma nova cosmovisão seja aos poucos construída.
Como o Cowboy Investidor disse em seu post, o hábito de reclamar é um bom exemplo.
Já reparou que pessoas que reclamam muito e que acham que tudo é muito difícil, só falam em problemas e quase nunca parecem dispostas a encontrar soluções?
De forma muito frequente nos esquecemos de que nos tornamos muito parecidos com o que mais contemplamos externa e internamente. Por isso, identificar o que pode ajudar ou atrapalhar é muito importante.
Atitudes como desacelerar e viver o momento presente podem ser muito úteis nessa trajetória, pois dessa forma conseguimos prestar mais atenção em nossos próprios pensamentos e no mundo ao redor.
Conclusão
Palavras têm um grande poder. Por isso, precisamos ter muito cuidado com o que falamos para nós mesmos e para as outras pessoas, pois nossas palavras são capazes de edificar ou destruir.
Ao mesmo tempo, precisamos também filtrar o que ouvimos para que não sejamos impactados de forma negativa ou prejudicial – o que só vai piorar a situação.
Que nossas palavras sejam construtivas, tranquilizadoras, motivadoras e verdadeiras.
Que sejam capazes de transmitir alegria, saúde e paz.
Créditos das imagens: OpenClipart-Vectors e Oberholster Venita – Pixabay
Olá, SeH.
Parabéns pela postagem e por me linkar.
Depois que percebi que reclamar só me fazia mal eu parei com isso. Também não gosto de ficar ao lado de pessoas que só reclamam. Isso mina as nossas energias.
Eu acredito que as palavras têm poder. Antes não acreditava, mas hoje sim.
Abraços!
Olá Rosana!
Concordo contigo, as palavras têm enorme poder sobre nós, fazendo com que mudemos nossas intenções. Porém, as ações, que exercitadas continuamente se transformam em hábitos (que você também citou) são essenciais para fazermos crescer sempre.
Lembrei-me de um ditado que falava da importância crescente entre ouvir, repetir, praticar e ensinar, nessa ordem, para aprendermos realmente sobre um assunto. Por experiência própria, é a pura verdade.
Abraço!
Cowboy Investidor,
Muitas vezes nem fazemos ideia de como o hábito de reclamar mina nossas energias…. De qualquer forma, o resultado sempre será negativo.
Bom saber que gostou do meu post! 🙂
André,
Interessante o que você disse sobre ouvir, repetir, praticar e ensinar – atitudes que formam um círculo muito virtuoso. Passos simples, mas que podem impactar a vida de forma muito positiva.
Boa semana!
Rosana, mais um excelente post!
As palavras têm um grande poder em nos influenciar, e precisamos estar atentos e receptivos ao que elas podem nos significar.
Da mesma forma, devemos ter muito cuidado e prudência com aquilo que nós mesmos vamos transmitir, a fim de evitar transmitir palavras que levem coisas ruins ou produzam efeitos negativos.
Gostei muito da reflexão, pois ela nos remete a algo vital hoje em dia: prestar atenção naquilo que interfere em nossa atenção. E as palavras têm esse poder.
Abraços!
Guilherme,
Prestar atenção no que transmitimos é essencial para que as coisas funcionem bem.
Quantas vezes não gostaríamos de poder voltar alguns segundos no tempo ou pegar de volta as palavras que pronunciamos?
Como não é possível, muitos estragos e confusões acabam se tornando reais. Isso mostra a importância de prestarmos mais atenção no que estamos falando. E muitas vezes, o silêncio é a atitude mais sábia – não me refiro nem a discussões, mas às vezes em um ambiente descontraído, a pessoa acaba falando algo que não deveria, o que acaba deixando outra pessoa constrangida ou o clima se torna desagradável.
Bom saber que gostou do meu post!
Com certeza a preocupação com o que estamos transmitindo
ao outro é importante;
Mas o não transmitir nada pode também ser muito interessante;
Obrigada pela sua presença lá na acasa; percebes o espirito do lugar
é um espaço pequeno k, mas acolhe os presentes e os não presentes;
Tenhas uma boa entrada de mês;
Desculpe a demora em dar um olá!
PAZ E BEM.
A Casa Madeira,
Penso como você. Há momento de falar e momento de calar – acredito que essa estratégia poderia ser mais utilizada no cotidiano (de forma geral).
Seu blog é muito agradável, transmite paz, leveza e harmonia.
Eu também agradeço por sua aqui. 🙂
Gostei do que li e estou de acordo, aproveito para desejar um bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Olá Rosana
Linda postagem. Que as nossas palavras edifiquem vidas. Um forte abraço.
Boa tarde de Domingo, querida amiga Rosana!
"… nos tornamos muito parecidos com o que mais contemplamos externa e internamente."
Creio piamente que seja assim.
Somos saudaveis de mente apesar de qualquer mal-estar fisico se contemplamos o belo da vida ao nosso redor.
Alimentacao saudavel e fundamental.
Quando saio do eixo pago caro…
Tenha dias muito felizes e abencoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Bom saber que gostou, Francisco. 🙂
Lucinalva,
"Que nossas palavras edifiquem vidas."
Você disse tudo…
Abraços,
Roselia,
"Quando saio do eixo pago caro…"
Seja na alimentação ou nos pensamentos, no final sai caro mesmo. O problema é que na parte mental raramente percebemos isso. É um momento de estresse aqui, um momento de ansiedade intensa ali… e o corpo vai somatizando tudo isso na forma de doenças.
Gosto muito de pensamento que é mais ou menos assim:
"Quando a boca fala, o corpo cala.
Quando o boca cala, o corpo fala."
Acho que o primeiro passo é o diálogo interno, tentando entender o que se passa e possíveis soluções. Claro que contar com alguém que compreenda é bom e importante, mas nem sempre isso é possível.
Boa semana!
Excelente texto.
Temos que ter cuidado ao que falamos, pois imagina as coisas que uma criança escuta ou dizem diretamente para ela? Podem fazer com que ela seja uma pessoa adulta péssima ou ótima.
Agora me veio a mente, e o que pesa mais as palavras ou as atitudes?
Um forte abraço Rosana.
Viver de escolhas,
Gostei do seu comentário e da pergunta tão profunda. É algo para se pensar.
Em uma reflexão rápida, penso que para pessoas que falam muito, as atitudes acabam falando mais alto já que muitas vezes o discurso e a ação são dissonantes.
Gostei do seu blog, vou acompanhar!
Boa semana,
Mais um post extremamente interessante!… Uma temática que já tenho abordado no meu blog… e por isso gosto de usar as palavras com contenção… fazendo por dizer muito, em poucas palavras… na vida actual… tendemos a ignorá-las… lemos um artigo se achamos o título interessante ou apelativo, desistindo de uma leitura mais intensiva… muitas vezes nos contentando com a ideia geral… com os meios digitais, abreviamos as palavras, e muitas emoções são substituídas por imojis…
Mas há um mundo… onde o uso das palavras significa poder, e muita rentabilidade… no mundo da publicidade e do marketing… cada palavra, como cada imagem, é sempre aplicado o mais criteriosamente possível… com todos os significados subliminares, que daí se possam obter, desde que se venda uma ideia, um produto, um conceito para criar uma necessidade no seu limite…
Também no mundo dos mídia… o poder da palavra, é usado para se passar informação… que por vezes esteja ao serviço de uma corporação… governamental, informativa… e molde as ideias, ou as informações, para defender um determinado interesse…
A nível pessoal… vivemos num mundo de comunicação… onde as redes sociais ganham protagonismo e espaço crescente nas nossas vidas, mas onde cada vez se perde mais a habilidade de usar as palavras, e de realmente comunicar… deixaram de se escrever cartas de amor… consideradas uma piroseira, para as gerações mais novas… dialogamos cada vez menos… absorvidos que estamos com televisão ou gadgets… não comunicamos… transmitimos informação e vontades… num modo seco e básico, na pressa dos dias uns aos outros… cada vez comunicamos mais… e nos entendemos menos… e cada vez estamos menos informados… porque tendemos a filtrar a informação que nos agrada… mas não aquela que seria necessária sabermos, para nos tornarmos melhores pessoas!…
Mais um post fantástico… e com uma temática que daria pano para mangas!… Parabéns pela escolha de conteúdos, Rosana!
Beijinhos
Ana
Ana,
Gostei do seu comentário tão rico. 🙂
Agregou muito valor ao tema ao discorrer sobre os diversos tipos de linguagem.
Precisamos mesmo estar atentos às palavras cautelosamente escolhidas pelo marketing para nos induzir ao consumo desnecessário.
Um bom final de semana!